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Estado de Minas

Los Angeles tem Hollywood, palmeiras e... Po�os de petr�leo


postado em 28/11/2019 16:49

Los Angeles � sin�nimo de cinema, palmeiras � c�us ensolarados. Mas esta metr�pole de quase 4 milh�es de habitantes tamb�m � o maior campo petrol�fero urbano dos Estados Unidos.

Centenas de po�os ativos ficam localizados em bairros densamente povoados do condado e em sua maioria de baixa renda, perto de casas, escolas, parques, shoppings e cemit�rios.

Essas �reas de perfura��o n�o s�o novas e, de fato, h� d�cadas comp�em a paisagem, mas moradores e ativistas ambientais come�aram a falar mais contra essas instala��es que, eles garantem, representam um risco � sa�de p�blica e devem ser eliminadas.

"Esses po�os de petr�leo n�o deveriam estar em nossas comunidades", disse � AFP Martha Dina Arguello, diretora do bra�o de Los Angeles da ONH Physicians for Social Responsibility e copresidente da STAND-L.A., coaliz�o comunit�ria que trabalha para erradicar a perfura��o petroleira urbana.

"S�o fonte de polui��o do ar e parte da crise clim�tica", afirmou, parada em frente a um po�o localizado no bairro residencial no noroeste da cidade, adjacente a tr�s escolas e um parque. "Quanto precisa ser o lucro para que se justifique expor todas as pessoas ao risco de um acidente catastr�fico?".

- 'Ningu�m se preocupa' -

O recha�o da explora��o em �reas urbanas levou v�rios legisladores locais e ativistas a pedir a proibi��o de novas permiss�es de perfura��o na Calif�rnia e a cria��o de uma �rea de prote��o de 760 metros ao redor de todos os po�os de um bairro.

O assunto foi abordado em uma reuni�o da cidade na sede da Prefeitura e tamb�m pela ambientalista sueca Greta Thunberg em uma manifesta��o no come�o do m�s.

Amalia S�nchez, que falou no encontro na Prefeitura, disse que muitos de seus vizinhos no bairro industrial de Wilmington, ao sul, sofrem de asma e dores de cabe�a.

"As pessoas perguntam porque continuo a morar aqui, mas pra onde mais posso ir? N�o tenho dinheiro para pagar mais no aluguel", disse � AFP esta mulher de 62 anos, recentemente diagnosticada com tumor pulmonar.

"Ningu�m se preocupa conosco porque somos pobres", acrescentou, garantindo que toda a regi�o predomina um cheiro de petr�leo.

Mais ao norte, em outro bairro petroleiro perto da Universidade do Sul da Calif�rnia (USC), Anna Parks alertou sobre casos de "crian�as sangrando pelo nariz, com problemas respirat�rios, dores de cabe�a relacionados a fuma�a procedentes desta opera��o".

"Achava que Los Angeles era uma cidade de cinema, mas na realidade � uma cidade petroleira", alertou a conselheira estudantil, que se mudou de Seattle h� 20 anos e hoje integra um grupo comunit�rio que procura trazer consci�ncia sobre o tema.

"O parque favorito dos meus (tr�s) filhos quando eram pequenos estava localizado a 350 jardas (320 metros) de um local de perfura��o. Eles respiraram as toxinas da perfura��o petroleira toda sua vida".

- Na pr�tica, proibi��o -

Talvez n�o exista outra �rea em que a ind�stria do petr�leo esteja mais presente do que em Signal Hill, a 35 km de Los Angeles.

Hoje existem dezenas que operam neste pequeno enclave, entre casas e pr�dio residenciais.

E embora muitos vizinhos estejam apostando no fim da produ��o, em conson�ncia com o compromisso da Calif�rnia de reduzir suas emiss�es de carbono, outros temem o impacto que isso pode ter na economia.

"Se fecharmos todas essas instala��es, para onde ir�o todos os trabalhadores?", questionou um homem sentado em um caf�, onde uma bomba funciona no estacionamento. "Precisamos manter as pessoas empregadas e manter a renda dos impostos".

Membros da ind�stria local - que produziram em 2018 cerca de 12 milh�es de barris, metade que 10 anos antes, segundo dados oficiais - est�o c�ticos em rela��o aos alertas dos ambientalistas.

"Um rev�s arbitr�rio equivale a uma proibi��o da produ��o de facto em Los Angeles", disse Rock Zierman, diretor-executivo da California Independent Petroleum Association, que observou que Los Angeles tem "a regulamenta��o mais r�gida do planeta".

"Isso significaria que milhares de trabalhadores perderiam empregos bem remunerados, a cidade perderia receitas fiscais para resolver prioridades como falta de moradia e significaria a necessidade de importar mais petr�leo de pa�ses que n�o respeitam a prote��o ambiental ou os direitos humanos".


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