O presidente ucraniano voltou a negar qualquer acordo com o colega americano sobre a ajuda militar dos Estados Unidos a seu pa�s, apesar dos depoimentos que apontam nesta dire��o durante a investiga��o para um eventual processo de destitui��o de Donald Trump.
"N�o falei nada com o presidente americano Trump nesses termos: eu te dou isso, voc� me d� aquilo", declarou Volodimir Zelenski em uma entrevista � revista alem� Der Spiegel e outras publica��es europeias.
Ele disse "n�o compreender" as acusa��es de chantagem, apresentadas no �mbito do processo de destitui��o em curso nos Estados Unidos, e "n�o querer dar a impress�o de que somos mendigos" na Ucr�nia.
O esc�ndalo come�ou com uma conversa telef�nica em 25 de julho, durante a qual o presidente republicano � suspeito de pressionar a Ucr�nia a iniciar investiga��es contra o ex-vice-presidente democrata Joe Biden e seu filho Hunter, que trabalhava para uma empresa de g�s ucraniana.
O embaixador dos Estados Unidos na Uni�o Europeia, Gordon Sondland, afirmou que existiu, de fato, um acordo 'quid pro quo' segundo os "desejos do presidente".
Na mesma entrevista, Zelenski minimizou as esperan�as a respeito da reuni�o de c�pula sobre a Ucr�nia programada para acontecer em Paris em 9 de dezembro, onde deve se encontrar pela primeira vez com o presidente russo Vladimir Putin.
Ele destacou que o fim do conflito no leste da Ucr�nia com os separatistas pr�-R�ssia ter� que ser discutido ap�s v�rias etapas preliminares.
A primeira ser� sobre uma "troca de prisioneiros com prazos razo�veis", disse, mencionando tamb�m um verdadeiro cessar-fogo e a retirada de todas as for�as armadas para poder contemplar a convoca��o de elei��es locais na �rea disputada.
"Se os tr�s pontos forem solucionados, veremos se todos querem acabar com a guerra", afirmou. "N�s realmente desejamos isto, mas veremos se a R�ssia realmente deseja", acrescentou o chefe de Estado.
Esta ser� a primeira reuni�o de c�pula desde 2016 com este formato destinada a permitir o avan�o do processo de paz no leste da Ucr�nia, onde a guerra provocou mais de 13.000 mortos.
R�ssia e Ucr�nia entraram em conflito com a chegada ao poder em Kiev de um governo pr�-Ocidente em 2014, a anexa��o da Crimeia por Moscou e uma guerra com os separatistas russos no leste.
No entanto, ap�s a elei��o em abril de Zelenski, mais favor�vel ao di�logo que seu antecessor, foram registrados progressos nas rela��es entre Kiev e Moscou.
