Ara�jo: Mercosul s� nos serve se seguir padr�es atuais, de abertura comercial

O ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, disse nesta quarta-feira, 4, que o Mercosul s� "serve" ao Brasil se seguir os padr�es atuais, de abertura comercial. Ap�s reuni�o da C�pula dos Chefes de Estado do Mercosul, o ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "tem uma vis�o muito clara" sobre o bloco e enfatizou que a pol�tica adotada nos �ltimos meses est� alinhada com a dire��o das pol�ticas internas no Brasil. "Sobre futuro pr�ximo, o Mercosul s� nos serve se continuar sendo processo de integra��o aberta, democr�tica e livre como est� sendo hoje", disse.

O ministro afirmou ainda que as negocia��es sobre a redu��o da Tarifa Externa Comum (TEC) est�o suficientemente avan�adas para que se termine a discuss�o ainda dentro da presid�ncia do Paraguai. Amanh�, o comando pro-tempore do Mercosul passa oficialmente do Brasil para o pa�s vizinho. Ara�jo argumentou que, hoje, os n�veis da TEC s�o muito altos e podem prejudicar a competitividade dos pa�ses do bloco. "Trabalhamos intensamente (enquanto na presid�ncia do Mercosul) no plano t�cnico para modernizar a TEC para transform�-la em instrumento eficaz e nos inserir mais vantajosamente na economia mundial. Avan�amos mas n�o conclu�mos. Temos condi��es de entregar revis�o da TEC na presid�ncia paraguaia do Mercosul, se tudo der certo", disse.

Ele destacou que ser�o assinados, amanh�, acordos sobre prote��o m�tua de indica��es geogr�ficas e tratados sobre transporte de produtos perigosos, sobre servi�os financeiros, uma coopera��o para defesa do consumidor e de reconhecimento m�tuo de assinaturas digitais.

O ministro n�o concedeu entrevista coletiva, apenas falou rapidamente sobre diferen�as de entendimento dentro do bloco a respeito da situa��o pol�tica da Bol�via. O Brasil reconhece Jeanine ��ez como presidente do pa�s ap�s a ren�ncia de Evo Morales. "Ficou claro nas conversas que tivemos que independente das frentes de interpreta��o, o compromisso � com a democracia. A franqueza e a qualidade do di�logo se refletiu nisso. Temos todos o mesmo impulso rumo � democracia e � liberdade na regi�o, cada com sua op��o e esperamos que com esse trabalho conjunto o Mercosul continue sendo um polo de democracia."

Questionado, o ministro disse que conversou com a Argentina sobre as declara��es do presidente americano Donald Trump acerca do aumento das taxas sobre o a�o brasileiro, mas n�o quis dar detalhes.