Com 22 execu��es, a aplica��o da pena de morte continuou em decl�nio nos Estados Unidos em 2019, onde surgiram d�vidas sobre a condena��o de pessoas em v�rios casos, segundo o Centro de Informa��es sobre Pena de Morte (DPIC).
"2019 foi praticamente o ano da execu��o de inocentes", disse Robert Dunham, diretor desse �rg�o independente.
Dois presos no corredor da morte foram absolvidos este ano depois de passar mais de 40 anos atr�s das grades, o que leva a 166 detentos no corredor da morte que foram posteriormente reconhecidos inocentes, de acordo com o relat�rio anual da DPIC.
Al�m disso, duas execu��es foram adiadas devido a s�rias d�vidas sobre a culpa dos condenados.
Foi o caso de Rodney Reed, que recebeu o apoio de milh�es de americanos, legisladores e estrelas como Kim Kardashian ou Beyonc�.
Mas, de acordo com o DPIC, outros dois prisioneiros foram executados apesar de "d�vidas substanciais sobre sua culpa".
"Nossos tribunais e autoridades geralmente ignoram erros que amea�am a vida e muitas vezes tomam medidas para esconder a verdade", disse Dunham em um comunicado.
Para ele, isso explica por que o apoio p�blico � pena de morte continua diminuindo.
Enquanto 56% dos americanos continuam a apoiar a pena de morte, 60% agora preferem a pris�o perp�tua.
� a primeira vez, desde que o Instituto Gallup come�ou a fazer essa pergunta em 1985, que a maioria dos entrevistados acredita que a pris�o perp�tua � mais adequada do que a pena de morte para punir assassinos.
Essas mudan�as de opini�o, combinadas com dificuldades no fornecimento de produtos qu�micos para execu��o e d�vidas sobre sua legalidade, explicam a diminui��o constante da pena de morte, que s� � aplicada em alguns estados.
O ano de 2019 foi o segundo com o menor n�mero de execu��es nos Estados Unidos, ap�s 2016 e seus 20 condenados executados, em compara��o com os 98 de 1999.
E as execu��es se concentram em sete estados, quase todos no sul conservador e religioso do pa�s.
O governo Donald Trump planejava retomar as execu��es em n�vel federal, depois da interrup��o por 16 anos, mas a justi�a suspendeu o procedimento devido a d�vidas sobre a legalidade do protocolo de inje��o usado.
Da mesma forma, o n�mero de senten�as de morte permanece em um n�vel historicamente baixo, com 35 a 37 esperados at� o final do ano.