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Estado de Minas

B�lgica condena ex-funcion�rio ruand�s por 'genoc�dio' em 1994


postado em 19/12/2019 23:37

A Justi�a da B�lgica declarou nesta quinta-feira culpado do "crime de genoc�dio" o ex-funcion�rio ruand�s Fabien Nerets�, por participar do massacre de membros da etnia tutsi em 1994.

Nerets�, um hutu de 71 anos que se declarava inocente, foi condenado por nove assassinatos cometidos em Kigali em abril de 1994, e outros dois realizados semanas mais tarde, na zona rural da capital.

O r�u permaneceu impass�vel durante a leitura do veredicto, no Pal�cio de Justi�a de Bruxelas. A pena ser� decretada nesta sexta-feira.

A acusa��o de crime de genoc�dio foi baseada no fato de Fabien Nerets� ter atacado um n�mero indeterminado de pessoas com o objetivo de "destruir" a etnia tutsi nesta antiga col�nia belga.

Nerets�, um engenheiro agr�nomo que fundou uma escola em Mataba (norte de Ruanda), dirigiu entre 1989 e 1992 o escrit�rio nacional de promo��o da cafeicultura, um posto-chave envolvendo um dos principais produtos de exporta��o do pa�s.

Segundo a promotoria, Nerets� era uma esp�cie de "senhor" da regi�o, cuja influ�ncia derivava de sua posi��o no MRND, partido �nico fundado pelo presidente Juv�nal Habyarimana.

Detido em 2011 na Fran�a, onde havia retomado sua vida profissional sob o status de refugiado, Nerets� passou apenas alguns meses em pris�o preventiva antes de ir a julgamento.

A condena��o se deve em grande parte aos esfor�os da belga Martine Beckers, cuja irm�, cunhado tutsi e sobrinha de 20 anos foram assassinados em 9 de abril de 1994 em Kigali.

Nerets� era um dos vizinhos da fam�lia em Kigali e segundo a promotoria, determinou que homens armados impedissem a fuga dos parentes de Beckers e de outros tutsis da capital quando come�aram os massacres.

Os incidentes ocorreram tr�s dias ap�s o assassinato do presidente hutu Habyarimana, o que desencadeou um genoc�dio que matou, segundo a ONU, mais de 800 mil pessoas, essencialmente tutsis.

No ver�o de 1994, Martine Beckers levou o caso � pol�cia belga e com a ajuda de testemunhas ruandesas e ativistas dos direitos humanos, conseguiu chegar aos respons�veis.


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