O presidente franc�s, Emmanuel Macron, reconheceu que o colonialismo foi "um erro da Rep�blica", em entrevista coletiva em Abidjan, na companhia do presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.
"Muito frequentemente a Fran�a � percebida, hoje, como tendo um olhar de hegemonia e de s�mbolos de um colonialismo que foi um erro profundo, um erro da Rep�blica", declarou, convocando a que "se escreva uma nova p�gina com a �frica".
"Perten�o a uma gera��o que n�o � a da coloniza��o. O continente africano � um continente jovem. Tr�s quartos de seu pa�s n�o conheceu a coloniza��o", afirmou Macron.
"�s vezes os jovens culpam a Fran�a pelos problemas, pelas dificuldades que viveram e contra as quais a Fran�a nada pode fazer. Ent�o, sei que �s vezes somos o branco designado, [...] Quando � dif�cil, se diz que '� a Fran�a'", continuou.
Macron concluiu dizendo esperar que "esta �frica jovem aceite criar com uma nova Fran�a uma rela��o de amizade [...] muito mais frut�fera".
Durante sua campanha eleitoral para a Presid�ncia, em fevereiro de 2017, Macron causou pol�mica na Fran�a, ao declarar a um canal argelino que "a coloniza��o faz parte da hist�ria francesa. � um crime de lesa-humanidade".
Na mesma entrevista, considerou que "� inadmiss�vel glorificar a coloniza��o", algo que ele "sempre condenou".
- Moeda comum
Durante a visita, Macron anunciou o fim do franco CFA em oito pa�ses africanos.
"O Eco sair� em 2020", declarou o presidente franc�s, citando o nome da moeda comum que substituir� o franco CFA em oito pa�ses franc�fonos na �frica Ocidental.
Em entrevista coletiva ao lado do presidente anfitri�o, que detalhou o acordo entre os oito pa�ses (Benin, Burkina Faso, Costa de Marfim, Guin� Bissau, Mali, N�ger, Senegal e Togo) e a Fran�a, Macron disse se tratar de uma "grande reforma hist�rica".
Assim terminar� a longa hist�ria do "franco das col�nias francesas da �frica", criado em 1945 e que se tornou o "franco da Comunidade Financeira Africana" depois de sua independ�ncia nos anos 1960.
O franco CFA foi "percebido como um dos vest�gios da Fran�afrique" (termo formado pelas palavras Fran�a e �frica para designar a rela��o com as antigas col�nias), reconheceu Macron, referindo-se �s cr�ticas a esta moeda.
Economista de forma��o, Ouattara afirmou que a reforma inclui, al�m da mudan�a de nome, "o fim da centraliza��o de 50% das reservas" dos pa�ses no Tesouro franc�s e a retirada da Fran�a dos "�rg�os de governo", nos quais estava presente.
Macron se declarou partid�rio de "construir uma nova rela��o, ao mesmo tempo apaixonada e simplificada".
O abandono da CFA e esta nova rela��o podem, segundo ele, mudar a imagem da Fran�a.