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Estado de Minas

Mais de 235.000 deslocados em duas semanas de combates na S�ria, segundo a ONU


postado em 27/12/2019 17:55

Mais de 235.000 pessoas fugiram da regi�o de Idlib, noroeste da S�ria, nas �ltimas duas semanas, devido � intensifica��o dos bombardeios do regime e de sua aliada R�ssia contra o �ltimo reduto rebelde, informou a ONU nesta sexta-feira (27).

V�rios ve�culos transferiram novamente civis para fora de suas cidades na prov�ncia de Idlib nesta sexta. Eles se dirigem a regi�es do norte consideradas mais seguras.

Esses deslocamentos em massa acontecem em um momento em que a regi�o sofre com inunda��es, que atingem os campos de refugiados.

"N�o podemos viver nos campos", lamenta Oum Abdu, m�e de cinco filhos que chegou recentemente a um campo perto da cidade de Dana, ao norte de Idlib.

"H� fortes chuvas e precisamos de calefa��o (...) roupa, e comida", acrescenta.

A Oficina de Coordena��o de Assuntos Humanit�rios da ONU (OCHA, na sigla em ingl�s) lembra que os deslocamentos "no inverno aumentam a vulnerabilidade de alguns grupos, especialmente as mulheres, as crian�as e os idosos". A organiza��o lamenta tamb�m a suspens�o da ajuda de algumas ONGs por causa dos combates.

Desde meados de dezembro, as for�as do regime s�rio, apoiadas pela avia��o russa, intensificaram seu ataque aos jihadistas e rebeldes e os combates por terra na regi�o de Idlib, apesar do cessar-fogo anunciado em agosto.

- Uma cidade "quase vazia" -

Os deslocamentos for�ados, registrados entre 12 e 25 de dezembro, deixaram praticamente vazia a cidade de Maaret al Numan, cen�rio de violentos combates, afirma a ONU em um comunicado.

A maioria desses deslocados fugiram para o norte, para as cidades de Ariha, Saraqeb e Idlib, ou campos de deslocados j� superlotados ao longo da fronteira com a Turquia, e alguns est�o se dirigindo para �reas controladas por rebeldes pr�-Ancara, ao norte de Alepo, precisou a ONU.

Algumas pessoas que j� haviam deixado Maaret al Numan para Saraqeb "est�o fugindo novamente para o norte, antecipando uma intensifica��o dos combates" nesta �rea, segundo a mesma fonte.

Um porta-voz da OCHA, David Swanson, afirmou nesta sexta-feira que mais de 80% daqueles que escaparam do sul da prov�ncia de Idlib em dezembro eram mulheres e crian�as.

Quase tr�s milh�es de pessoas vivem na regi�o de Idlib, composta por uma grande parte da prov�ncia de mesmo nome e segmentos das prov�ncias vizinhas de Alepo e Latakia. Ela � controlada por jihadistas do grupo Hayat Tahrir al-Cham (HTS).

O regime, que controla agora mais de 70% do territ�rio s�rio, demonstrou reiteradamente sua inten��o de reconquistar Idlib.

Damasco e Moscou realizaram uma grande ofensiva no local entre abril e agosto, resultando na morte de mil civis, segundo o Observat�rio S�rio para os Direitos Humanos (OSDH), causando a fuga de 400.000 pessoas de acordo com ONU.

Na ter�a-feira, a Turquia pediu um novo cessar-fogo e uma desescalada. Na quinta-feira, foi a vez do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir aos governos de R�ssia, S�ria e Ir� que detenham a viol�ncia contra civis em Idlib.

"R�ssia, S�ria e Ir� est�o matando, ou a um passo de matar, milhares de civis inocentes", tuitou Trump.

O conflito na S�ria, desencadeado em 2011 pela repress�o do regime a protestos pr�-democracia, deixou mais de 370.000 mortos e milh�es de deslocados e refugiados.


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