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Estado de Minas

Iraque decide o futuro dos soldados americanos em seu territ�rio


postado em 05/01/2020 08:55

O Parlamento iraquiano decide, neste domingo (5), o destino dos 5.200 soldados americanos em seu territ�rio, que as fac��es pr�-Ir� dizem estar prontas para atacar, apesar das amea�as de Washington, que afirma ter selecionado 52 alvos no Ir� para atingir "muito rapidamente e com muita for�a".

O Ex�rcito iraniano expressou d�vidas de que os Estados Unidos tenha a "coragem" de cumprir sua amea�a, segundo a ag�ncia oficial iraniana Irna. Ao mesmo tempo, uma mar� humana acompanhava em Ahvaz, no Ir�, aos gritos de "Morte � Am�rica", o cortejo f�nebre do poderoso general Qassem Soleimani no primeiro de tr�s dias de homenagens nacionais.

Desde o assassinato do general, arquiteto da estrat�gia iraniana no Oriente M�dio, e de Abu Mehdi Al-Mouhandis, n�mero dois da Hashd al-Shaabi, uma coaliz�o paramilitar pr�-Ir� integrada �s for�as de seguran�a, o mundo inteiro teme uma nova guerra na regi�o.

Teer� clama "vingan�a" e amea�a com uma resposta "militar". Por sua vez, o presidente americano Donald Trump amea�a destruir 52 alvos iranianos - tantos quanto o n�mero de americanos mantidos ref�ns por mais de um ano na embaixada Americana em Teer� em 1979.

Alguns desses alvos "s�o de alto n�vel e muito importantes para o Ir� e para a cultura iraniana", disse Trump.

O ministro das Rela��es Exteriores do Ir�, Mohammad Javad Zarif, alertou o presidente americano, dizendo que "atacar locais culturais � um crime de guerra".

- "Guerra direta" -

S�bado � noite, ap�s enormes manifesta��es em v�rias cidades do Iraque em homenagem a Soleimani, foguetes ca�ram na Zona Verde de Bagd�, onde est� localizada a embaixada americana, e numa base a�rea que abriga soldados americanos.

Nos �ltimos dois meses, dezenas de foguetes atingiram �reas onde diplomatas e soldados americanos est�o localizados. Um funcion�rio americano terceirizado foi morto num desses ataques no final de dezembro, no que especialistas chamaram de guerra por procura��o entre o Ir� e os Estados Unidos em solo iraquiano.

Mas ap�s a morte de Soleimani, "n�o � mais uma guerra por procura��o, � uma guerra direta", assegura � AFP Erica Gaston, especialista em Ir� na New America Foundation.

E os pr�-iranianos n�o agem apenas no terreno militar. No Parlamento iraquiano, eles podem ter sucesso neste domingo obtendo o que tentam alcan�ar h� tempos: a sa�da dos soldados americanos do pa�s, provavelmente seguida por todas as tropas estrangeiras da coaliz�o anti-jihadista liderada por Washington.

Por medo de repres�lias, a Otan suspendeu suas opera��es no Iraque e a coaliz�o reduziu suas opera��es, fortalecendo tamb�m a seguran�a das bases onde os americanos est�o posicionados. Washington, por sua vez, anunciou o envio de 3.000 a 3.500 soldados adicionais � regi�o.

No Parlamento iraquiano, a sess�o ser� uma das mais tensas de sua hist�ria: os pr�-Ir� j� anunciaram que os ausentes e os que se opuseram � vota��o ser�o considerados "traidores da p�tria", enquanto as minorias curdas e sunitas tentam salvar a presen�a americana que contrabalan�a a crescente influ�ncia do Ir� no pa�s.

Ao final da sess�o, outro prazo foi estabelecido pelos pr�-Ir�.

As Brigadas do Hezbollah, a fac��o mais radical da Hashd, pediram aos soldados iraquianos que se afastassem "pelo menos 1.000 metros" dos locais onde soldados americanos est�o presentes a partir das 14h00 GMT (11h00 de Bras�lia).

Uma amea�a que o secret�rio de Estado americano Mike Pompeo levou a s�rio o suficiente para denunciar no Twitter um apelo lan�ado por "bandidos".

A Hashd pediu a seus combatentes que "se preparassem", enquanto um de seus l�deres, Qa�s al-Khazali, trocou sua veste de religioso pelo uniforme militar.

O l�der xiita iraquiano Moqtada Sadr, terror dos americanos durante a ocupa��o do Iraque de 2003 a 2011, reativou sua mil�cia.


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