O Minist�rio das Rela��es Exteriores informou nesta segunda-feira, 6, que a encarregada de Neg�cios do Brasil em Teer�, Maria Cristina Lopes, foi convocada pela chancelaria iraniana. Segundo o Itamaraty, o teor da conversa � reservado e n�o ser� divulgado. O embaixador do Brasil no Ir�, Rodrigo Azeredo, est� de f�rias. Na semana passada, o principal general iraniano, Qassim Suleimani, foi morto em um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o presidente americano, Donald Trump, o ataque serviu para "parar" uma guerra, n�o iniciar uma.
Um dia ap�s o ataque, o Itamaraty divulgou nota na qual disse apoiar a "luta contra o flagelo do terrorismo". Na nota, o governo brasileiro condenou um ataque � embaixada dos Estados Unidos em Bagd�, cidade onde Suleimani foi morto, mas n�o condenou a morte do general iraniano. "Informamos que a Encarregada de Neg�cios do Brasil em Teer�, assim como representantes de pa�ses que se manifestaram sobre os acontecimentos em Bagd�, foram convocados pela chancelaria iraniana. A conversa, cujo teor � reservado e n�o ser� comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual pr�tica diplom�tica", informou o Minist�rio das Rela��es Exteriores.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, antes de o Itamaraty divulgar a nota, que o Brasil n�o se manifestaria sobre o assunto por n�o ter "poderio b�lico". Bolsonaro afirmou ainda que conversaria com autoridades americanas porque os dois pa�ses s�o aliados em muitas quest�es. "Eu n�o tenho o poderio b�lico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria", afirmou o presidente na ocasi�o.
Um dos efeitos da crise entre Estados Unidos e Ir� foi o aumento no pre�o do barril de petr�leo. No Brasil, Bolsonaro tem afirmado que o governo n�o vai interferir no pre�o dos combust�veis, mas que a alta � o que "mais preocupa" neste momento. Nesta segunda-feira, o presidente se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Ap�s o encontro, Castelo Branco disse que h� "liberdade total" no Brasil para os pre�os de derivados de petr�leo, como os combust�veis. J� Bento Albuquerque afirmou que o governo estuda medidas para evitar impactos dessas crises externas no mercado de petr�leo. Segundo o ministro, o pedido foi feito pelo presidente Bolsonaro ap�s os ataques a refinarias de petr�leo da Ar�bia Saudita, em setembro do ano passado.
"Acredito que em pouco tempo teremos uma resposta r�pida para que o Pa�s n�o fique ref�m de cada crise de petr�leo que acontece no mundo, a gente tem de ter os instrumentos para combater isso. Se o Pa�s tiver os instrumentos, as pol�ticas corretas para utilizar, vai dar muita tranquilidade ao mercado, aos investimentos e tamb�m aos consumidores", disse.
O ministro, no entanto, n�o detalhou quais seriam esses mecanismos. Questionado sobre a possibilidade de um subs�dio para compensar a alta do petr�leo, Bento afirmou que a op��o tamb�m est� em an�lise. "Subs�dio n�o seria a palavra adequada. Uma compensa��o seria a palavra mais adequada", declarou. "Temos de criar, talvez, mecanismos compensat�rios que compensem esse aumento sem alterar o equil�brio econ�mico do Pa�s. Que isso n�o gere infla��o, mas tamb�m n�o frustre expectativa de receitas", afirmou o ministro.
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