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Estado de Minas

Juan Guaid� � empossado 'presidente encarregado' no Parlamento e clama �s ruas

O opositor for�ou a entrada juntamente com uma centena de deputados, abrindo caminho aos empurr�es diante de militares que bloqueavam as portas da sede legislativa


postado em 07/01/2020 21:49 / atualizado em 07/01/2020 22:08

O opositor pediu para revitalizar os protestos (foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP )
O opositor pediu para revitalizar os protestos (foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP )
O l�der opositor Juan Guaid� prometeu nesta ter�a-feira (7) cumprir com os "deveres de presidente encarregado" da Venezuela como chefe do Parlamento, uma vit�ria simb�lica para a oposi��o em sua disputa com o chefe de Estado socialista, Nicol�s Maduro.


O opositor for�ou a entrada juntamente com uma centena de deputados, abrindo caminho aos empurr�es diante de militares que bloqueavam as portas da sede legislativa, dois dias depois de ter tido sua posse impedida na sede do Legislativo e de outro deputado opositor se autoproclamar ali presidente da C�mara com o apoio do chavismo.


A sess�o na sede do Congresso esteve marcada por ataques de partid�rios de Maduro contra ele e outros legisladores, membros do corpo diplom�tico e jornalistas.


Uma fonte diplom�tica informou � AFP que representantes de pa�ses da Europa e o Jap�o foram "atingidos severamente" por "coletivos" - grupos acusados pela oposi��o ser um "bra�o armado" do chavismo -, que atiraram pedras contra eles.


"Eu juro!", gritou Guaid� do p�lpito da Assembleia Nacional, �nico poder nas m�os da oposi��o do pa�s caribenho.


O opositor pediu para revitalizar os protestos - ap�s meses em que seu poder de convoca��o caiu -, convocando pouco depois, durante uma coletiva de imprensa, "atividades de rua" para a quinta-feira, sexta e s�bado, e uma mobiliza��o at� o Congresso na pr�xima ter�a-feira.


Como presidente do Legislativo, Guaid� se proclamou presidente interino em janeiro de 2019 com o reconhecimento de meia centena de pa�ses. Ele renovou nesta ter�a-feira seu juramento de cumprir "em nome da Venezuela" com "os deveres do presidente encarregado" e buscar "solu��o para a crise".


Guaid� lidera a disputa pelo poder contra Maduro, a quem a maioria opositora legislativa declarou um usurpador, acusando-o de ter sido reeleito mediante fraude em 2018 e insiste em uma sa�da para um "governo de transi��o" e novas elei��es presidenciais.


A oposi��o controla a Assembleia Nacional desde que ganhou 112 assentos do total de 167 nas elei��es de 2015.


Mas as fun��es do Parlamento, no entanto, foram assumidas na pr�tica pela governista Assembleia Constituinte, depois que o Tribunal Supremo de Justi�a o declarou em desacato em 2016.


A posse "n�o se trata de poder", assegurou o presidente do instituto de pesquisas Datan�lisis, Luis Vicente Le�n. "Seu valor real � como s�mbolo de luta e unidade" da oposi��o.


- Coroado sem luz -


Guaid� chefiou uma sess�o conturbada. Um corte de energia for�ou os legisladores a iluminar o recinto com os telefones celulares.


"Era vital tomar fisicamente o plen�rio. � um s�mbolo, como a coroa de um rei, embora n�o queira dizer que ganhou a guerra", disse Le�n � AFP.


Quando Guaid� deixava o Parlamento, membros de "coletivos" atiraram contra ele uma pequena bomba de g�s lacrimog�nio. Mas ele saiu ileso, constatou a AFP.


V�rios jornalistas foram agredidos, segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP), principal grupo do sindicato de jornalistas da Venezuela. O jornal El Pa�s, da Espanha, denunciou que seu correspondente, Francesco Manetto, foi "espancado" por uma "multid�o" enquanto filmava com seu celular.


- "Isto n�o � um quartel!" -


Guaid� chegou ao Congresso em uma caminhonete, acompanhado por uma caravana de �nibus com deputados opositores, ap�s percorrer uns cinco quil�metros pelo centro de Caracas, evitando piquetes policiais.


Ao chegar � sede do Legislativo, efetivos da Guarda Nacional fecharam sua passagem. "Isto n�o � um quartel!", gritou Guaid�, carregado nos ombros dos parlamentares antes de avan�ar aos empurr�es.


No domingo, n�o conseguiu entrar na sede do Legislativo e acabou sendo ratificado como chefe do Parlamento - com cem votos de deputados opositores - em uma sess�o nas instala��es do jornal El Nacional, cr�tico de Maduro.


Estados Unidos, Uni�o Europeia e aliados regionais, como Brasil e Col�mbia, reiteraram seu apoio a Guaid�.


Washington advertiu nesta ter�a-feira que tomar� medidas caso ocorra uma escalada e o l�der parlamentar for preso.


O presidente Nicol�s Maduro chamou de "palha�o fracassado" o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, por apoiar Juan Guaid�, considerando "um show" a ratifica��o do l�der opositor como presidente encarregado do pa�s da chefia do Parlamento.


O governo de Donald Trump "vai continuar fracassando, fracassando e Mike Pompeo continuar� montando o show, a palha�ada. Termina sendo um palha�o fracassado", disse Maduro durante um ato transmitido pela emissora estatal VTV.


- Sess�o em paralelo -


O deputado opositor Luis Parra, autoproclamado no domingo presidente da Assembleia, presidiu momentos antes outra sess�o com deputados governistas e dissidentes da oposi��o.


Na segunda-feira, chamou Guaid� - com quem rompeu h� um m�s ap�s ser acusado de corrup��o - a se apresentar no plen�rio "como mais um deputado", mas com a chegada do l�der opositor, abandonou o local.


Parra prestou juramento no domingo no Pal�cio Legislativo com apoio chavista, ap�s uma consulta a m�o erguida - sem contagem de votos - em uma sess�o sem Guaid�. Assegurou que 81 deputados aprovassem sua candidatura, menos da metade (84) regulamentar.


A oposi��o denunciou a proclama��o de Parra como um "golpe de Estado parlamentar", mas Maduro reconheceu o dissidente opositor.


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