
O ano de 2019 foi o segundo mais quente j� registrado no mundo e culminou na d�cada mais quente da hist�ria - informou o servi�o europeu Copernicus nesta quarta-feira (8).
Os dados publicados revelam que 2019 ficou apenas 0,04°C atr�s do ano recorde de 2016, quando as temperaturas foram afetadas por um epis�dio especialmente intenso do fen�meno clim�tico El Ni�o.
"O ano de 2019 foi, de novo, excepcionalmente quente, com muitos meses batendo recordes", disse Carlo Buentempo, da ag�ncia europeia.
Segundo a Nasa, El Ni�o causou um aumento da temperatura global de 0,2ºC naquele ano.
Os cinco anos mais quentes foram os �ltimos cinco, quando o term�metro subiu entre 1,1ºC e 1,2°C, em compara��o com a era pr�-industrial.
O per�odo 2010-2019 tamb�m foi a d�cada mais quente, de acordo com o Copernicus.
As temperaturas em 2019 foram 0,6°C acima da m�dia para o per�odo 1981-2010.
"� ineg�vel que esses s�o sinais alarmantes", disse Jean-No�l Th�paut, diretor do Centro Europeu de Previs�es Meteorol�gicas a M�dio Prazo.
Devido �s emiss�es de gases de efeito estufa geradas pela atividade humana, o planeta j� registrou um aumento de pelo menos 1° C em compara��o � era pr�-industrial, com efeitos devastadores.
Recorde na Europa
De acordo com as previs�es dos meteorologistas, 2019 registrou v�rios fen�menos extremos.
Na Austr�lia, os inc�ndios em andamento encontraram um terreno adequado para se espalhar devido � seca e temperaturas excepcionais.
Cerca de 80.000 km2 de solo desapareceram com as chamas, uma �rea equivalente � da ilha da Irlanda.
As temperaturas tamb�m foram especialmente altas no Alasca e em vastas regi�es do �rtico.
Para a Europa, foi o ano mais quente j� registrado, logo � frente de 2014, 2015 e 2018.
Copernicus confirmou que as concentra��es de CO2 na atmosfera continuaram a aumentar no ano passado.
De acordo com o balan�o anual do Global Carbon Project (GCP) publicado em dezembro, essas emiss�es avan�aram 0,6% em 2019.
No entanto, a ONU apontou recentemente que as emiss�es de gases de efeito estufa devem ser reduzidas a 7,6% ao ano at� 2030, para limitar o aumento da temperatura a 1,5° C, a meta ideal estabelecida pela comunidade internacional atrav�s do Acordo de Paris de 2015.
No entanto, na taxa atual, a temperatura mundial pode subir at� 4 ou 5° C no final do s�culo em compara��o com a era pr�-industrial e comprometer o futuro das futuras gera��es.
E mesmo que os pa�ses respeitassem suas promessas atuais de reduzir as emiss�es, o aumento poder� exceder 3° C.
Os cientistas mostraram que cada meio grau adicional aumenta a intensidade e/ou a frequ�ncia de fen�menos como ondas de calor, tempestades, secas e inunda��es.