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Estado de Minas INTERNACIONAL

Helic�pteros lan�am comida para animais em meio aos inc�ndios na Austr�lia

Destrui��o pelo fogo de milhares e milhares de hectares t�m custado a vida de seres humanos e animais e foi um duro golpe para o turismo no pa�s


postado em 14/01/2020 08:55 / atualizado em 14/01/2020 10:32

Cenouras são jogadas por equipe de salvamento aérea e o pequeno canguru logo foi matar a fome(foto: STR / NSW NATIONAL PARKS AND WILDLIFE SERVICES / AFP / PETER PARKS / AFP)
Cenouras s�o jogadas por equipe de salvamento a�rea e o pequeno canguru logo foi matar a fome (foto: STR / NSW NATIONAL PARKS AND WILDLIFE SERVICES / AFP / PETER PARKS / AFP)

Autoridades da Austr�lia est�o utilizando helic�pteros para lan�ar batatas-doces e cenouras para animais famintos, como resultado da destrui��o de seu h�bitat pelos inc�ndios.

Ao todo, o governo do Estado de Nova Gales do Sul despejou de aeronaves mais de duas toneladas de alimentos.


Al�m disso, o governo local est� instalando c�meras para monitorar o consumo de alimentos pelos animais.

 

Golpe no turismo

 

As pessoas choram seus mortos e suas casas destru�das e os animais, principalmente os coalas, que morreram queimados, ou foram resgatados muito feridos das florestas em cinzas.

A devasta��o que os inc�ndios est�o deixando na Austr�lia manchou a reputa��o do pa�s como um destino tur�stico seguro e atraente.

Imagens desses inc�ndios de ver�o de propor��es sem precedentes impactaram o mundo, embora tamb�m tenham causado uma onda de solidariedade.

Milhares de turistas tiveram de ser evacuados das cidades costeiras, visitantes internacionais cancelaram seus voos, e o Departamento de Estado dos EUA aumentou seu alerta de seguran�a para a Austr�lia, aconselhando os viajantes americanos a "intensificarem a cautela".

A ag�ncia de promo��o do turismo Tourism Australia teve de suspender a campanha de promo��o internacional do pa�s com a estrela pop Kylie Minogue e que foi lan�ada no meio da crise.

"Vendemos o ar puro da Austr�lia, seu c�u limpo, suas praias luminosas e seus animais �nicos. Infelizmente, o que as pessoas viram s�o coalas e cangurus queimados", diz o professor da Universidade de Tecnologia de Sydney David Beirman.

(foto: PETER PARKS/AFP)
(foto: PETER PARKS/AFP)


Mais de nove milh�es de turistas estrangeiros visitaram o pa�s at� junho de 2019, o que significou uma inje��o na economia de 45 bilh�es de d�lares australianos (US$ 31 bilh�es). O turismo local tamb�m deixou outros 100 bilh�es de d�lares australianos.

A diretora do Tourism Australia, Phillipa Harrison, acredita que "ser�, em breve, quantificado o impacto real dos inc�ndios".

Mas Beirman, especialista em riscos tur�sticos e gerenciamento de crises, estima que as perdas representar�o muitos bilh�es a mais, uma vez que os inc�ndios afetam a alta temporada e esvaziaram regi�es tur�sticas inteiras.

Cidades desertas

 

Cidades dependentes do turismo, como Mogo, em Nova Gales do Sul, onde os inc�ndios reduziram casas e empresas a cinzas, o impacto foi sentido imediatamente. 

Dez dias ap�s o avan�o das chamas, a maioria das lojas foi fechada por falta de eletricidade. Apenas algumas poucas abriram, porque tinham geradores.

"Estava tudo deserto", disse Linda Pawley, propriet�ria de uma loja de presentes, � AFP.

"Geralmente, existem centenas de milhares de pessoas que v�m todos os dias", acrescentou.

Linda � considerada uma das "sortudas", pois sua loja ainda est� de p�. O futuro � incerto, por�m.

"Se as pessoas n�o voltarem, muitas empresas provavelmente fechar�o", desabafa ela, acrescentando que "eu n�o sei quem vai sobreviver".

O farmac�utico aposentado Maureen Nathan passou 20 anos construindo uma atra��o tur�stica dedicada � corrida do ouro em Mogo na d�cada de 1850, mas tudo foi reduzido a cinzas na v�spera de Ano Novo.

"O fogo atingiu uma velocidade incr�vel na pequena cidade de Mogo", lamenta.

A dor de perder edif�cios contendo restos hist�ricos insubstitu�veis ainda � recente para decidir o futuro do local.

"E n�o estamos sozinhos, n�o � um caso isolado na comunidade, � toda a regi�o", relatou Nathan.

"� praticamente toda a �rea costeira oriental", completou.

Aberto para neg�cios

 

Como a amea�a de inc�ndios aumentou nos �ltimos anos, os pol�ticos australianos insistem em que os turistas visitem as �reas destru�das e n�o ignorem os destinos que ficaram a salvo de desastres.

O ministro do Turismo, Simon Birmingham, enfatizou que "ainda estamos abertos aos neg�cios".

"H� muita desinforma��o que circula na Internet e em alguns meios de comunica��o, que exageram a extens�o desses tr�gicos inc�ndios", disse ele em comunicado � AFP.

"Pe�o �s pessoas com uma reserva, ou que est�o pensando em viajar, a se informarem e a n�o agravarem os danos para os operadores tur�sticos, desistindo da viagem desnecessariamente", convocou.

Vai demorar meses e at� anos para reconstruir Mogo e outras cidades devastadas, o que causa medo de que muitos moradores procurem outro lugar para viver.

H� muitos otimistas, por�m, que acreditam em que o setor de turismo do pa�s vai superar essa crise.

"Muitos pa�ses sofreram desastres naturais na escala em que estamos sofrendo inc�ndios na Austr�lia e se recuperam", afirmou o especialista em turismo Beirman, que d� um exemplo da recupera��o do Jap�o ap�s o tsunami e o desastre nuclear de 2011.

"Tenho certeza de que as pessoas voltar�o", diz Nathan, de Mogo. "� s� nos dar um pouco de tempo", acrescenta.


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