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Estado de Minas

Intensos combates na S�ria parecem decretar fim da tr�gua


postado em 16/01/2020 08:31

Intensos combates entre as for�as do regime s�rio e combatentes jihadistas e rebeldes na prov�ncia de Idlib, no noroeste do pa�s, deixaram 39 mortos entre a noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira (16), de acordo com uma ONG, o que parece encerrar uma tr�gua anunciada por Moscou.

Marcados por ataques a�reos, tiros de artilharia e combates terrestres, esses confrontos acontecem no dia seguinte � morte de 18 civis em bombardeios lan�ados pela avia��o do regime na cidade de Idlib.

Eles violam a tr�gua anunciada em 9 de janeiro por Moscou, grande aliado do governo Bashar al-Assad, uma iniciativa confirmada pela Turquia - patrocinadora de certos grupos rebeldes - e que deveria ter come�ado no domingo.

"Os combates come�aram por volta da meia-noite de quarta-feira ao sul da cidade de Maaret al-Nooman, junto com bombardeios, apesar da tr�gua russo-turca", disse � AFP o diretor do Observat�rio S�rio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

O governo e seus aliados assumiram o controle de dois vilarejos no caminho de Maaret al-Nooman e agora est�o a sete quil�metros desta cidade estrat�gica, completou o OSDH.

Dos 39 mortos, 22 combatiam nas fileiras de grupos jihadistas e rebeldes que se op�em ao regime s�rio. A maioria deles fazia parte do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antiga fac��o s�ria da Al-Qaeda), de acordo com o OSDH.

Os outros 17 combatentes eram membros do Ex�rcito do regime e de mil�cias aliadas, disse Rahman.

- "Sem lugar para ir" -

Os ataques a�reos do regime mataram 18 civis na quarta-feira na cidade de Idlib, cuja prov�ncia ainda foge ao controle de Damasco, segundo balan�o do OSDH.

Jornalistas da AFP no local viram cenas de caos ap�s os ataques, que destru�ram v�rios edif�cios em uma �rea industrial. Em meio aos escombros, s�rios tentavam encontrar poss�veis v�timas.

Os bombardeios pulverizaram v�rias oficinas, incluindo mec�nicas, e entre as v�timas havia motoristas, presos em seus ve�culos.

� frente de uma dessas oficinas, Mustapha sobreviveu, mas seu neg�cio foi reduzido a p�. Quatro de seus funcion�rios morreram. "Este n�o � o bairro que deixei h� apenas dois minutos", lamentou, com o rosto banhado em l�grimas.

Os ataques e os combates � noite parecem enterrar o cessar-fogo.

"Vivemos aqui sem saber se a tr�gua � real, ou se existe apenas na m�dia. No terreno, n�o h� tr�gua. As pessoas t�m medo, os mercados est�o desertos", resumiu, em conversa com a AFP, Sari Bitar, um engenheiro de 32 anos que vive em Idlib.

"Como todo o mundo aqui, n�o posso ficar em uma �rea onde o regime, as for�as russas e as mil�cias iranianas v�o avan�ar", confidenciou. "A �nica preocupa��o � que n�o temos para onde ir", completou.

Composta em grande parte pela prov�ncia de mesmo nome e de segmentos das prov�ncias vizinhas de Aleppo e Latakia, a regi�o de Idlib j� foi palco de uma grande ofensiva entre abril e agosto. Nela, milhares de pessoas morreram, e mais de 400.000 tiveram de fugir.

O regime, que agora controla mais de 70% do territ�rio, afirma que est� determinado a reconquistar essa prov�ncia, dominada pelos extremistas do HTS.

Outros grupos jihadistas e rebeldes est�o presentes na regi�o, que abriga cerca de tr�s milh�es de pessoas. Metade foi deslocada de outras regi�es recuperadas por Damasco.

Deflagrado pela repress�o a protestos pr�-democracia por Damasco, o conflito na S�ria deixou mais de 380.000 mortos, incluindo mais de 115.000 civis e milh�es de deslocados e refugiados.

O Crescente Vermelho Curdo disse na ter�a-feira que mais de 500 pessoas, principalmente crian�as, morreram na S�ria em 2019 no campo de Al-Hol. Nesse local, vivem milhares de pessoas deslocadas.


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