Defesa de Trump diz que rela��o com Ucr�nia era de interesse nacional

A defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a rela��o do presidente norte-americano com a Ucr�nia era de interesse nacional. A equipe jur�dica tamb�m acusou os parlamentares democratas de n�o defenderem o afastamento do presidente do cargo. As declara��es foram concedidas em sess�o de julgamento do processo de impeachment de Trump no Senado americano.

O presidente norte-americano � acusado de ter pressionado o mandat�rio ucraniano, Volodymyr Zelenski, a investigar seu rival pol�tico Joe Biden, que � pr�-candidato do Partido Democrata � Presid�ncia dos EUA nas elei��es deste ano. Donald Trump nega as irregularidades e classifica a investiga��o de impeachment como uma farsa politicamente motivada. Ele disse que est� ansioso para ver sua equipe montar uma defesa forte.

A sess�o de hoje, que deve durar de duas a tr�s horas, � a primeira em que a defesa do presidente pode se dirigir ao Senado. O julgamento teve in�cio na �ltima ter�a-feira (21) e se estendeu com tr�s dias consecutivos de discuss�es dos parlamentares.

Os democratas tentaram defender que Trump abusou do poder de seu cargo ao pedir a um l�der estrangeiro que investigasse um rival pol�tico e obstruiu a investiga��o de impeachment do Congresso. "Eles est�o pedindo que voc� n�o apenas anule os resultados da �ltima elei��o ... eles est�o pedindo que voc� retire o presidente Trump da c�dula em uma elei��o que ocorre em aproximadamente nove meses", disse Pat Cipollone, advogado da Casa Branca, aos senadores, na abertura da sess�o.

Os argumentos da equipe de defesa ser�o retomados na segunda-feira (27). Mas, diferentemente dos democratas, que usaram quase 24 horas por tr�s dias, a equipe do presidente deve usar cerca de oito horas do tempo previsto, disse uma autoridade do governo.

A sess�o deste s�bado concentrou-se principalmente na transcri��o da liga��o telef�nica do presidente em 25 de julho com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na qual ele pediu a seu colega que investigasse o democrata Joe Biden e seu filho, bem como na suposta interfer�ncia da Ucr�nia nas elei��es de 2016 nos EUA. Trump encomendou quase US$ 400 milh�es em ajuda � Ucr�nia, congelados mais de uma semana antes dessa liga��o.

Os advogados de Trump argumentaram que a transcri��o mostra que o presidente n�o condicionou explicitamente a ajuda � Ucr�nia nas investiga��es solicitadas, e que Zelensky concordou repetidamente com o presidente na chamada. Os advogados tamb�m observaram as declara��es p�blicas de Zelensky de que ele n�o se sentia pressionado por Trump.

Embora Trump n�o tenha explicitamente apresentado ajuda, Zelensky disse que seu pa�s queria encomendar mais m�sseis Javelin dos EUA, aos quais Trump respondeu: "Gostaria que voc� nos fizesse um favor". Na �poca da liga��o, Zelensky havia sido informado por v�rios funcion�rios do governo e pessoas pr�ximas ao presidente que ele precisava garantir a Trump que estava disposto a realizar as investiga��es que procurava, se quisesse uma reuni�o na Casa Branca.

Como o risco de condena��o do presidente no Senado � praticamente zero, j� que a casa � controlada pelos seus pares republicanos, a principal tarefa da equipe jur�dica do presidente � dissuadir os senadores republicanos de votar a favor de ouvir mais testemunhas. Nos �ltimos dias, os democratas tentaram convencer a C�mara da necessidade de ouvir testemunhas cujo testemunho a Casa Branca bloqueou durante a investiga��o da Casa, entre elas Mick Mulvaney, chefe de gabinete da Casa Branca e ex-conselheiro de seguran�a nacional John Bolton. Para mais testemunhas serem ouvidas, 51 parlamentares precisam aprovar a mo��o.

A defesa de Trump planeja tamb�m atacar o filho de Joe Biden, Hunter Biden, como corrupto por servir no conselho da empresa de g�s ucraniana Burisma Holdings, enquanto seu pai, como vice-presidente, supervisionava os esfor�os dos EUA para combater a corrup��o na Ucr�nia. Os Bidens negaram irregularidades. Fonte: Dow Jones Newswires