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Estado de Minas INTERNACIONAL

Horror de Auschwitz resiste, 75 anos depois


postado em 27/01/2020 08:11

Quando o Ex�rcito sovi�tico chegou a Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945, o mundo recebeu em choque a confirma��o de que os nazistas mantinham um gigantesco campo de concentra��o na Pol�nia. Em opera��o desde 1940, Auschwitz fazia parte de uma rede de exterm�nio lan�ada como parte da "solu��o final" de Adolf Hitler, que abriu caminho para o genoc�dio de 6 milh�es de judeus.

Na verdade, os Aliados j� haviam recebido informa��es sobre o genoc�dio de judeus. Em dezembro de 1942, o governo da Pol�nia no ex�lio, em Londres, apresentou um documento intitulado O exterm�nio em massa de judeus na Pol�nia ocupada pela Alemanha, incluindo relatos detalhados de membros da resist�ncia polonesa. Mas o texto despertou suspeitas.

"Os Aliados simplesmente n�o acreditaram em muitos desses relat�rios", disse o professor Norman Davies, historiador brit�nico da Universidade de Oxford. "Eles foram considerados exagerados ou como parte da propaganda de guerra polonesa."

"Apesar dos pedidos de poloneses e judeus, de Londres e Washington, para bombardear as ferrovias que levavam a Auschwitz e a outros campos de exterm�nio, os comandantes aliados preferiam se concentrar em objetivos militares, n�o em quest�es civis", contou Davies.

"Um dos alvos que o Ex�rcito brit�nico bombardeou foi uma f�brica de combust�vel sint�tico perto de Auschwitz, em 1943 e 1944", disse o historiador. "Embora avi�es de combate brit�nicos tenham sobrevoado o campo de exterm�nio, nenhuma ordem de bombardeio foi dada."

O professor polon�s Dariusz Stola, especialista em hist�ria dos judeus da Pol�nia, tamb�m relata o desinteresse do comando aliado. "Os chefes militares n�o gostavam que os civis interferissem em seus assuntos", disse. "Para os comandantes aliados, bombardear Auschwitz ou suas linhas de suprimento parecia uma opera��o humanit�ria. E eles n�o queriam."

Para alguns sobreviventes, o pesadelo dos campos de concentra��o ainda est� vivo. "Os soldados alem�es nem precisavam mais apontar o dedo para enviar algu�m para a c�mara de g�s", lembra Bronislawa Horowitz-Karakulska, de 88 anos, polonesa que ficou presa em Auschwitz aos 12 anos com sua m�e. "Quem parecia fraco, magro e ossudo era escolhido para morrer." Ela sobreviveu porque sua m�e subornou os guardas alem�es com um diamante que ela conseguiu levar para o campo. "Havia muitos soldados, c�es latindo, agita��o, medo. Auschwitz foi um horror."

Encontro

Nesta segunda-feira, 27, muitos outros sobreviventes se reunir�o em Auschwitz para lembrar a liberta��o do campo de exterm�nio, onde a Alemanha nazista matou mais de um milh�o de pessoas, a maioria judeus. Chefes de Estado e de governo de 60 pa�ses e representantes de v�rias casas reais estar�o no sul da Pol�nia para assistir �s cerim�nias, marcadas por disputas pol�ticas e pela aus�ncia de l�deres das grandes pot�ncias.

Um dos principais ausentes ser� Israel, que realizou seu pr�prio f�rum do Holocausto em Jerusal�m, na semana passada, com a participa��o do vice-presidente dos EUA Mike Pence, do presidente franc�s, Emmanuel Macron, e do l�der russo, Vladimir Putin. Nenhum deles estar� nesta segunda em Auschwitz.

No m�s passado, o presidente russo causou indigna��o ao afirmar que a Pol�nia agiu em conluio com Adolf Hitler e contribuiu para o in�cio da 2.� Guerra. Na verdade, o conflito come�ou quando a Alemanha e a Uni�o Sovi�tica invadiram a Pol�nia, em setembro de 1939, sob a prote��o secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop - acordo de n�o agress�o entre Berlim e Moscou.

Indignado, o presidente polon�s, Andrzej Duda, acusou Putin de tentar reescrever a hist�ria e n�o compareceu aos eventos em Jerusal�m, j� que os israelenses n�o lhe deram a possibilidade de responder. Nesta segunda, ele far� um discurso em homenagem aos 6 milh�es de judeus mortos no Holocausto. (Com ag�ncias internacionais)

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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