Ex-chefe da Pemex ligado � Odebrecht � preso na Espanha

Emilio Lozoya, ex-executivo da petrol�fera estatal Pemex e principal envolvido no M�xico em um esquema internacional de corrup��o da construtora brasileira Odebrecht, foi preso na Espanha, informou ontem o Minist�rio P�blico mexicano. "Com o mandado de pris�o que obtivemos de um juiz e o apoio fundamental da Interpol e da pol�cia espanhola, conseguimos prender esse indiv�duo (Lozoya)", disse o procurador-geral Alejandro Gertz � R�dio F�rmula.

Aliado do ex-presidente Enrique Pe�a Nieto (2012-2018), Lozoya � acusado de ter recebido propinas milion�rias da Odebrecht, que seriam destinadas � campanha eleitoral do ex-presidente. Ele tamb�m � acusado de ter autorizado, quando era diretor da Pemex, a compra de uma f�brica de fertilizantes por cerca de US$ 500 milh�es (por volta de R$ 2,1 bilh�es), valor que foi considerado excessivo tendo em vista o mau estado das instala��es, segundo o governo e especialistas do setor.

"Nesse momento, o que vai acontecer � que ele j� est� sujeito ao processo de extradi��o. Agora, vamos iniciar o lit�gio especificamente para traz�-lo para o M�xico", disse Gertz.

Lozoya � o primeiro servidor p�blico de alto escal�o investigado pelo governo de Andr�s Manuel L�pez Obrador, que assumiu a presid�ncia com o compromisso de erradicar a corrup��o no M�xico. Gertz disse que a acusa��o contra Lozoya surgiu de uma den�ncia de um representante legal da Pemex.

Lozoya renunciou ao cargo em fevereiro de 2016, ap�s quatro anos na administra��o da Pemex, a principal estatal mexicana, hoje atolada em graves problemas financeiros. O ex-chefe da empresa rejeita as acusa��es e seu advogado, Javier Coello, disse que est� preparando a defesa.

A Odebrecht afirmou que "tem colaborado com autoridades de diversos pa�ses, em busca do pleno esclarecimento de fatos do passado". Segundo a empreiteira, no in�cio de 2017, a empresa formalizou no M�xico sua "inten��o de colaborar diretamente com o sistema de Justi�a local, reiterando sua disposi��o". (Com ag�ncias internacionais).

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.