A procuradora-geral do Equador, Diana Salazar, solicitou nesta quinta-feira, 5, uma pena de at� sete anos de pris�o para o ex-presidente Rafael Correa, que � julgado pelo suposto financiamento de empresas privadas a sua campanha eleitoral de 2013 em troca de contratos com o Estado.
Diana Salazar pediu ao tribunal da Corte Nacional de Justi�a "a pena m�xima contemplada pelo delito de suborno e por considerar agravantes, para Rafael C., como autor mediado, e para os demais funcion�rios p�blicos e empres�rios, como autores diretos", destacou a Procuradoria no Twitter.
O ex-presidente, que � julgado � revelia, e outros 19 processados - que incluem o ex-vice-presidente Jorge Glas, ex-ministros, ex-deputados e empres�rios - enfrentam a possibilidade de penas de cinco a sete anos de pris�o caso sejam considerados culpados. Glas cumpre uma pena de seis anos de pris�o por receber propinas da empreiteira brasileira Odebrecht.
A Procuradoria tamb�m pediu uma indeniza��o para o Estado de US$ 1,13 bilh�o. "Solicitamos uma repara��o integral para o Estado e que consiste na somat�ria total da concess�o de contratos, que supera a quantia de um bilh�o de d�lares", declarou Salazar � imprensa.
A procuradora acrescentou que os empres�rios envolvidos no caso teriam pago �s autoridades p�blicas quase US$ 7 milh�es em subornos para obter contratos. O Minist�rio P�blico n�o indiciou a Odebrecht, apesar de a empresa ter sido mencionada na investiga��o jornal�stica do portal La Fuente que deu origem ao caso.
O ex-presidente Correa, que mora na B�lgica desde que deixou o poder em 2017, foi vinculado ao caso por um dep�sito de US$ 6 mil que uma pessoa que trabalhava com sua ex-assessora fez em sua conta pessoal. O ex-governante alega que era dinheiro de um empr�stimo.
Correa criticou no Twitter o trabalho da procuradora no caso. "� incr�vel ao que se atreve esta mulher, sem prova alguma. Felizmente a �nica coisa que supera sua m�-f� � sua inaptid�o".
Uma condena��o contra Correa representaria o fim de sua carreira pol�tica, pois a Constitui��o equatoriana impede a candidatura de pessoas condenadas por suborno, enriquecimento il�cito ou peculato.
Este � o segundo julgamento contra o ex-presidente. O primeiro corresponde ao suposto sequestro de um opositor em 2012. Este processo, no entanto, est� suspenso porque a Justi�a exige a presen�a de Correa para o julgamento.
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