O governo brasileiro reduziu nesta quarta-feira (11) a sua previs�o de crescimento em 2020 de 2,4% para 2,1%, em uma primeira avalia��o a partir do impacto do novo coronav�rus na maior economia latino-americana.
A Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE) do Minist�rio da Economia considerou que a crise sanit�ria mundial e a queda nos pre�os do petr�leo poder� obrig�-los a fazer uma revis�o ainda mais para baixo, em at� 0,5 pontos percentuais, mas no momento o recorte dos 0,3 pontos em compara��o � previs�o divulgada em janeiro � o "cen�rio mais prov�vel".
Essa perspectiva � mais otimista que a dos mercados, que reduziram suas expectativas para 1,99%, e de institui��es financeiras que j� trabalham com uma proje��o de crescimento do PIB brasileiro menor que 1,5% para 2020.
O Brasil registrou at� o momento 34 casos confirmados do novo coronav�rus e 893 casos suspeitos, sem nenhuma morte.
Segundo o informe da SPE, a epidemia de Covid-19 pode "trazer diversos impactos negativos" em escala global, o que repercutiria no Brasil.
Faz refer�ncia ao "impacto na produtividade, por causa da ruptura na cadeia produtiva", o "choque na demanda ocasionado pela queda do PIB mundial", o "impacto nos pre�os das commodities" e nas "institui��es financeiras, com limita��es de cr�dito".
O documento da secretaria prop�e como resposta "a manuten��o das reformas fiscais e estruturais", sem significar uma flexibiliza��o do gasto p�blico, considerada como uma heresia pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente Jair Bolsonaro convidou os brasileiros na �ltima sexta a unir-se e a n�o ceder ao p�nico diante do novo coronav�rus, que poderia tornar-se mais grave.
No entanto, Bolsonaro logo minimizou o risco.
"No meu entender est� sendo superdimensionado o poder destruidor desse v�rus. Talvez isso esteja sendo potencializado at� por quest�es econ�micas", disse na �ltima segunda em Miami.
O Brasil registrou em 2019, no primeiro ano do governo de Bolsonaro, um crescimento de apenas 1,1%, inferior aos 1,3% dos anos anteriores, apesar do entusiasmo inicial dos mercados pelo programa de ajustes fiscais e de privatiza��es impulsionados por Guedes.
O Banco Central, por sua vez, indicou na �ltima semana que por causa do "impacto da desacelera��o global" da economia provocada pela crise sanit�ria, estudar� uma nova revis�o da sua taxa b�sica de juros - que atualmente j� est� no seu m�nimo hist�rico, em 4,25% - na sua pr�xima reuni�o, marcada para 18 de mar�o.