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Estado de Minas

Ap�s primeira morte, Bolsonaro v� 'histeria' em rea��es ao coronav�rus


postado em 17/03/2020 17:01

No dia em que o Brasil registrou a primeira morte pelo novo coronav�rus, ap�s o Rio de Janeiro e S�o Paulo decretarem "estado de emerg�ncia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que via nessas medidas "certa histeria" prejudicial � economia.

"A economia estava indo bem, mas esse v�rus trouxe alguma histeria. Existem alguns governadores que, na minha opini�o, e eu posso estar errado, est�o tomando medidas que v�o prejudicar bastante nossa economia", declarou o presidente em entrevista � R�dio Tupi, do Rio de Janeiro.

O estado do Rio e a cidade de S�o Paulo, onde ocorreu a primeira morte, decretaram estado de emerg�ncia para conter a dissemina��o da Covid-19, restringindo os servi�os comerciais e o uso de transporte p�blico.

Entre as medidas est�o o fechamento por 15 dias de locais tur�sticos famosos do Rio, como o P�o de A��car ou o Cristo Redentor do Corcovado. Nas esta��es de metr�, a prefeitura da capital carioca realizava uma opera��o de limpeza.

Em S�o Paulo, a maior cidade da Am�rica Latina, o prefeito Bruno Covas autorizou a compra sem licita��o suprimentos relacionados ao combate � doen�a.

Com mais de 200 milh�es de habitantes, o Brasil registra 300 casos de novos coronav�rus (a grande parte nos estados de S�o Paulo e Rio), e as autoridades preveem uma intensifica��o da pandemia nas pr�ximas semanas.

A primeira v�tima no terrot�rio brasileiro, que morreu na segunda-feira, foi um homem de 62 anos, que sofria de diabetes e hipertens�o.

As autoridades de S�o Paulo est�o investigando as causas de outras quatro mortes que podem ser decorrentes da Covid-19.

- Bolsonaro questionado por ex-aliados -

Bolsonaro j� havia descrito as respostas globais � pandemia como "hist�ricas", e no domingo saiu para confraternizar e tirar fotos com dezenas de apoiadores, apesar do fato de que pelos menos 14 membros da delega��o que o acompanhou aos Estados Unidos de 7 a 10 de mar�o terem sido diagnosticados positivamente.

O ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, recomendou isolamento a Bolsonaro, enquanto se aguarda a conclus�o dos tr�s testes planejados. O primeiro foi negativo e o segundo foi realizado na ter�a-feira.

A cumplicidade de Bolsonaro com os manifestantes, que criticaram o Congresso e a Suprema Corte, acentuou o desconforto de muitos de seus aliados conservadores que apoiaram sua elei��o em 2018.

A deputada estadual Jana�na Paschoal (PSL-SP), uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016, pediu que Bolsonaro renuncie e deixe o cargo para o vice-presidente Hamilton Mour�o.

A atitude de Bolsonaro no domingo "� um crime contra a sa�de p�blica. Esse homem tem que deixar a Presid�ncia da Rep�blica (...), deixe Mour�o liderar o pa�s (...). As autoridades precisam se unir para tir�-lo do poder ", disse Paschoal.

Bolsonaro rebateu as acusa��es e denuncia uma "luta pelo poder".

"N�o fa�o demagogia. N�o fa�o populismo. Podemos ter problemas sim por causa do coronav�rus, pessoas com defici�ncia e idosos podem vir a �bito, mas responsabilizar o presidente por tudo isso pelo suposto p�ssimo exemplo � irresponsabilidade. � luta pelo poder", afirmou o presidente na segunda-feira.

- Recuperar a iniciativa -

Para tentar recuperar a iniciativa nessa "luta", Bolsonaro criou um Comit� Interministerial de Crise e Supervis�o de Monitoramento dos Impactos da Covid-19 ", sob a coordena��o de seu chefe de gabinete, general Walter Souza Braga Netto.

At� agora, o principal porta-voz da quest�o era o ministro Mandetta, m�dico, que segundo analistas irritava Bolsonaro por ter se mostrado ao lado de alguns dos novos oponentes pol�ticos do presidente, como os governadores do Rio e S�o Paulo.

O governo tamb�m anunciou na segunda-feira uma inje��o de 147,3 bilh�es de reais na economia nos pr�ximos tr�s meses para mitigar os efeitos do novo coronav�rus.

O Brasil ser� duramente atingido pela crise, como principal parceiro comercial da China, onde surgiu o novo coronav�rus.

A Bolsa de S�o Paulo perdeu quase 40% de seu valor desde o in�cio da pandemia, embora na ter�a-feira tenha recuperado mais de 7%, incentivada principalmente pela oferta de maior liquidez nos Estados Unidos.


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