
Ao lado de correligion�rios do Partido Democr�tico, ele vem arrecadando dinheiro para a compra de tablets a serem doados a hospitais e cl�nicas que est�o cuidando de quem est� morrendo. Como o isolamento social tem se mostrado o mais eficaz para conter a Covid-19, eles n�o t�m ao lado os entes queridos justamente quando tanto precisam.
A ideia surgiu depois de acompanhar entrevista da m�dica Francesca Cortellaro, chefe do hospital San Carlo, na qual ela contou da dor das pessoas que entraram no hospital sozinhas e que foram embora em total solid�o, cientes do que estava para acontecer, e da falta de meios tecnol�gicos para videochamadas para parentes.
“Assim, decidimos comprar os aparelhos e permitir que os pacientes possam falar com os entes queridos uma �ltima vez”, explicou o vereador.
“Vou lhe dizer porque esse pensamento me machuca mais que a pr�pria morte: porque certamente existem outras resid�ncias para idosos, hospitais e cl�nicas onde n�o h� mais a possibilidade de dizer adeus em fun��o da limita��o da infec��o. Infelizmente n�o temos muito mais fundos ap�s essa despesa”, completou.
De forma involunt�ria, Francesca Cortellaro foi mentora de tudo. E revela todo o inc�modo com a situa��o de quem est� impedido de receber um �ltimo abra�o.
“Voc� sabe o que � mais dram�tico? Observar os pacientes morrendo sozinhos, escut�-los pedir que se despe�a seus filhos e netos por eles”, disse a m�dica ao peri�dico italiano Il Giornale.
Ela conta que uma idosa lhe havia pedido que visse a neta por �ltima vez antes de morrer. Como era imposs�vel, pegou o telefone celular e fez chamada de v�deo. “Houve a despedida e logo depois ela (a paciente) se foi”, concluiu.
Expans�o
At� o in�cio da semana, 20 tablets haviam sido doados. A inten��o � que a iniciativa se espalhe por outras partes da It�lia e tamb�m possa ser copiada em outros pa�ses.
“� por isso que pe�o que voc� entre em contato com os servi�os de sa�de da sua regi�o para descobrir se hospitais e pacientes desejam receber doa��o desse tipo. Estou profundamente convencido da import�ncia de m�scaras, luvas, m�quinas – e por isso os tablets s�o acompnhados de uma doa��o de 1.000 euros (cerca de R$ 6 mil) –, mas o direito de dizer adeus, para quem sai e para quem fica, n�o deve ser superado”, finalizou Musotto.