Nova York – Os Estados Unidos registram o maior n�mero de casos do novo coronav�rus. A Universidade Johns Hopkins informou que o pa�s t�m 82.404 casos, enquanto o New York Times divulgou que seriam pelo menos 81.321 pessoas com a COVID-19, n�meros que colocam a na��o americana acima dos pa�ses com o maior n�mero de infec��es at� ent�o, China (81.285) e It�lia (80.539).
Os hospitais americanos relataram estar cada vez mais sobrecarregados com casos de coronav�rus, e 40% dos 330 milh�es de residentes est�o sob ordens de confinamento para impedir a propaga��o da doen�a. Pelo menos 1.178 pessoas morreram por conta da doen�a nos Estados Unidos, segundo a Johns Hopkins University, incluindo 100 falecimentos no �ltimo dia na cidade mais afetada pelo v�rus, Nova York.
Embora o total de �bitos seja menor do que em outros pa�ses, especialistas dizem que novos diagn�sticos positivos mostram que muitos americanos v�o morrer, e o n�mero real de infec��es pode ser muito maior do que o divulgado oficialmente devido � falta de kits de teste. A contagem oficial de casos de coronav�rus nos Estados Unidos vem dos Centros de Controle e Preven��o de Doen�as, que n�o incluem contagens externas. Na noite de quinta-feira, o CDC computou 68.440 casos.
O governador Andrew Cuomo disse que a prioridade � "achatar a curva" de novos casos na �rea metropolitana de Nova York. O estado tem 53 mil leitos hospitalares, mas tenta aumentar sua capacidade para 140 mil, que acredita que ser�o necess�rios em 20 dias, quando se atingir o pico da pandemia. “Sabemos que enfrentaremos enormes desafios em termos de criar espa�o suficiente nos hospitais ou de ter um n�mero suficiente de funcion�rios treinados para nos ajudar nesta crise", comentou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.
O n�mero de mortes causadas pelo novo coronav�rus chegou a mil na noite de quarta-feira, e o pa�s j� contabilizava 69.246 casos confirmados, segundo a base de dados da Universidade Johns Hopkins. Mais de um ter�o dessas mortes ocorreram no estado de Nova York. O verdadeiro n�mero de casos pode ser muito maior, uma vez que n�o h� testes suficientes dispon�veis.
DESEMPREGO DISPARA
A pandemia j� causou estragos na maior economia mundial, que parece caminhar para uma recess�o. Segundo o Departamento do Trabalho, 3,3 milh�es de pessoas solicitaram aux�lio-desemprego na semana passada, a maior cifra j� registrada. Milhares de postos foram perdidos em bares, restaurantes, hot�is e nas ind�strias dos transportes e entretenimento.
O Congresso americano, normalmente polarizado, uniu-se para enfrentar a crise. O Senado aprovou por unanimidade um pacote de est�mulo de US$ 2 trilh�es – o maior resgate da hist�ria americana –, que permitir� a fam�lias com uma m�dia de quatro pessoas receberem um pagamento de US$ 3.400. O projeto de lei ser� discutido amanh� na C�mara dos Representantes. "Ser� aprovado, com forte apoio bipartid�rio", afirmou a l�der da C�mara, Nancy Pelosi. "Amanh�, teremos uma vit�ria dos trabalhadores americanos."
O presidente Donald Trump, que aposta em uma economia forte para obter sua reelei��o, em novembro, disse ter esperan�a de que, at� 12 de abril, os americanos retornar�o � vida normal, meta que especialistas sanit�rios n�o consideram realista.
O cientista americano Anthony Fauci, l�der da luta contra a pandemia, alertou que o v�rus pode retornar, o que torna ainda mais urgente a corrida internacional por uma vacina. Segundo Fauci, diretor de doen�as infecciosas no Instituto Nacional de Sa�de, � necess�rio desenvolver uma vacina, test�-la e se preparar para o pr�ximo ciclo.