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Estado de Minas

Alemanha aposta no modelo sul-coreano para conter a epidemia


postado em 30/03/2020 07:55

Na corrida contra o coronav�rus, a Alemanha aposta nos testes de diagn�sticos em massa e na quarentena para conter a cadeia infecciosa, uma estrat�gia adotada pela Coreia do Sul, cujo sucesso � invejado ao redor do mundo.

A Alemanha � o pa�s que faz mais exames de diagn�stico na Europa, entre 300.000 e 500.000 por semana, segundo as autoridades.

Mas o governo da chanceler Angela Merkel espera acelerar at� 200.000 testes di�rios, segundo um documento do minist�rio do Interior.

O objetivo seria submeter a exame de diagn�stico qualquer pessoa sob s m�nima suspeita de ter contra�do o v�rus, assim como o c�rculo de pessoas que teve contato com um caso confirmado.

Atualmente, os crit�rios para fazer os exames priorizam as pessoas com sintomas de infec��o pela COVID-19 e que tiveram contato com um caso confirmado.

A ideia, segundo o documento, � passar dos testes "que confirmam a situa��o" para os exames que "se antecipam � situa��o".

Na batalha, a informa��o dos smartphones sobre a localiza��o do usu�rio seria uma arma imprescind�vel. Isto permite seguir os movimentos recentes de um paciente para encontrar as pessoas e isolar as potencialmente infectadas.

Por�m, embora autoridades e epidemiologistas sejam favor�veis ao monitoramento dos telefones, a vida privada permanece sacrossanta na Alemanha, uma na��o traumatizada pelo nazismo e depois pela Guerra Fria, pela vigil�ncia e controle da popula��o no sistema comunista da Alemanha Oriental.

Os planos propostos na Alemanha s�o similares � estrat�gia de "busca, controle e tratamento" que ajudou a Coreia do Sul a frear a propaga��o da pandemia.

Inclui exames de diagn�stico em massa em busca de casos potenciais e o uso da tecnologia para monitorar pacientes.

Alemanha e Coreia do Sul s�o pa�ses diferentes, mas a estrat�gia do pa�s asi�tico contra o v�rus "pode ser um exemplo", afirmou o diretor do Robert Koch Institute (RKI) para o Controle de Doen�as ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"Um ponto crucial � seguir as informa��es dos telefones", disse Lothar Wieler.

Com 389 v�timas fatais e mais de 52.000 casos, a taxa de mortalidade do v�rus na Alemanha � de 0,7%, muito menor que os 10% na It�lia, pa�s mais afetado do mundo, ou 8% na Espanha.

Mas o ministro alem�o da Sa�de, Jens Spahn, advertiu que o pa�s pode enfrentar uma "tempestade" de novos casos nas pr�ximas semanas.

Wieler tamb�m advertiu que as imagens dram�ticas dos hospitais italianos no auge da crise tamb�m podem acontecer na Alemanha.

"N�o podemos descartar que possamos ter mais pacientes que respiradores aqui tamb�m", disse.

Com 25.000 leitos de Unidade de Terapia Intensiva equipadas com respiradores, a Alemanha est� melhor preparada que outros pa�ses que enfrentam um enorme fluxo de pacientes com problemas respirat�rios graves.

Mas v�rios anos de problemas financeiros deixaram o sistema de sa�de com falta de profissionais.

"Em meses recentes, alguns leitos de UTI foram desativados por falta de funcion�rios", afirma Reinhard Busse, um especialista em Economia da Sa�de na Universidade T�cnica de Berlim.

A consequ�ncia � que muitos hospitais recorreram a aposentados ou estudantes de Medicina para ajudar na luta contra o coronav�rus, incluindo o renomado Hospital Universit�rio da Caridade de Berlim.


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