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Estado de Minas

COVID-19: metade da humanidade confinada e quase um milh�o de infectados

J� s�o cerca de 50.000 mortos por coronav�rus no mundo


02/04/2020 14:43 - atualizado 02/04/2020 15:28

Metade da população mundial não está saindo de casa
Metade da popula��o mundial n�o est� saindo de casa (foto: MARCUS BRANDT / AFP)

O coronav�rus j� for�a metade da humanidade a ficar confinada, mas avan�ar rapidamente e est� prestes a superar a barreira simb�lica de 1 milh�o de infectados e 50.000 mortos.


As restri��es, essenciais para salvar vidas, amea�am a economia e at� a oferta de alimentos devido � ruptura da cadeia produtiva e ao medo do controle das exporta��es.


Os Estados Unidos, que temem cair em uma depress�o como a que sofreu h� quase 100 anos, viram a demanda por seguro-desemprego aumentar em at� 6,6 milh�es na semana passada.


Na Espanha, que j� superou os 10.000 mortos, o desemprego aumentou em 300.000 casos em mar�o, um n�mero hist�rico.


A principal ag�ncia de resposta a desastres dos Estados Unidos pediu ao Pent�gono 100.000 sacos para corpos e, na Fran�a, a pol�cia utilizou um armaz�m no mercado de alimentos no centro de Paris para depositar os caix�es dos mortos, devido � falta de espa�o.


No cemit�rio de S�o Paulo, os enterros j� s�o "expressos" e os vel�rios sem abra�os, embora o Brasil ainda n�o seja um pa�s assolado pela "tsunami" do COVID-19, a pior crise planet�ria desde a Segunda Guerra Mundial, nas palavras do secret�rio-geral da ONU.


"Aqui enterramos cerca de 45 pessoas por dia, mas na semana passada s�o 12 a 15 a mais. � muito pior do que vemos nas not�cias, isso � s�rio", disse � AFP um coveiro no cemit�rio, sob condi��o de anonimato.


Humanos em confinamento, mercados febris


Mais de 3,9 bilh�es de pessoas, metade da popula��o mundial, j� foram recomendadas ou for�adas a ficar em casa para combater a propaga��o do v�rus, segundo uma contagem feita nesta quinta-feira a partir de um banco de dados da AFP. A Europa tem mais da metade das pessoas infectadas em todo o mundo.


Com 950 pessoas mortas nas �ltimas 24 horas, um novo recorde di�rio, a Espanha j� registra 10.003 mortes e est� perto de 13.155 mortes na It�lia, o pa�s mais afetado, seguido pelos Estados Unidos, com cerca de 5.000, a Fran�a com 4.000 e China continental com 3.300.


"O confinamento paralisou a demanda e a oferta. Muitas empresas ficaram sem renda. E se n�o fizermos nada, elas ter�o que demitir seus trabalhadores. Isso limitar� nossa recupera��o", disse a chefe da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, que prop�e uma ajuda extraordin�ria.


Enquanto os governos europeus discutem entre si como compartilhar o enorme fardo dos gastos, os mercados ainda est�o febris, procurando sinais de otimismo em qualquer lugar.


Um tu�te do presidente Donald Trump, alertando sobre a possibilidade de um acordo de produ��o de petr�leo entre R�ssia e Ar�bia Saudita, aumentou o pre�o do petr�leo em 30%. O des�nimo, contudo, rapidamente invadiu os mercados novamente.


Controv�rsias e esperan�as


Em meio � ansiedade, os cientistas t�m pressa em encontrar paliativos � pandemia, ou a maneira de fazer testes confi�veis e r�pidos de controle, uma arma essencial para lutar contra o inimigo invis�vel.


No mundo, cresce a esperan�a, e tamb�m a controv�rsia, sobre o uso de medicamentos antimal�ricos, na aus�ncia de uma vacina.


Um deles � a hidroxicloroquina, um medicamento amplamente usado na �frica h� d�cadas, usado pelo Senegal, al�m da cloroquina, no tratamento de pacientes com COVID-19.


"Os resultados que temos parecem encorajadores, e continuaremos nessa dire��o", disse Moussa Seydi, m�dico respons�vel pelo tratamento da pandemia.


Outros cientistas alertam que os estudos s�o muito parciais.


A China diz a verdade?

Oficialmente, a China, onde a pandemia se originou, registra cerca de 81.000 infectados e 3.300 mortes, apesar de meios oficiais nos Estados Unidos contestarem esses n�meros.


Nesta quinta-feira (02/04), Pequim anunciou o confinamento de um departamento com 600.000 habitantes ap�s a visita de uma pessoa que deu positivo.


O confinamento na �rea central de Henan n�o esconde o medo de uma segunda onda de cont�gios na China e destaca o risco de uma estrat�gia que imp�s quarentenas dr�sticas para conter as infec��es, segundo as autoridades.


 A inc�gnita do futebol


No mundo do futebol, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, admitiu nesta quinta-feira (02/04), que ningu�m pode determinar hoje quando as competi��es, que praticamente cessaram em todo o planeta, poder�o ser retomadas.


O GP da Fran�a tamb�m foi adiado para uma data a ser determinada.


Entretanto, a perda de eventos esportivos no mundo n�o � nada comparada � dureza imposta aos pa�ses mais pobres, onde o confinamento amea�a comunidades inteiras.


Os moradores de favelas da �frica do Sul dizem que � simplesmente imposs�vel ficar em casa.


"N�s n�o temos banheiros, n�o temos �gua, ent�o precisamos sair", diz Irene Tsetse, 55 anos, que compartilha uma moradia prec�ria de um quarto com o filho.


Na Espanha, Javier Lara, 29 anos, contou sobre sua recupera��o � AFP. "Imagine uma pessoa de 29 anos, esportista, que n�o fuma, que praticamente n�o vai ao m�dico, e voc� se v� na UTI, com oxig�nio, sem nenhum membro da fam�lia poder entrar para v�-lo".


Na UTI, ele recebeu lopinavir combinado com ritonavir, dois anti-retrovirais usados contra o HIV que servem para reduzir a capacidade do v�rus de se reproduzir e atacar o sistema imunol�gico.


O tratamento funcionou e, 48 horas depois, ele deixou a unidade de terapia intensiva. Ele vive uma vida normal, mas tomando precau��es extremas, porque vive com sua parceira e uma menininha de poucas semanas.


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