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Estado de Minas COVID-19

Coronav�rus: Sistemas de sa�de e funer�rio do Equador entram em colapso

Redes sociais sobem a tag #EcuadorEnEmergencia para denunciar o estado de calamidade nas ruas do pa�s, em especial na cidade de Guayaquil, de onde 150 corpos foram retirados de casas


postado em 03/04/2020 04:00

Moradora de Guayaquil se mostra perplexa diante de um caixão deixado na porta de um dos hospitais da cidade(foto: Enrique Ortiz/AFP)
Moradora de Guayaquil se mostra perplexa diante de um caix�o deixado na porta de um dos hospitais da cidade (foto: Enrique Ortiz/AFP)


Em Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, as funer�rias entraram em colapso. N�o h� caix�es para todos os mortos e os cemit�rios n�o conseguem atender todas as fam�lias. O pa�s registrou o primeiro caso da COVID-19 em 29 de fevereiro. Atualmente, s�o 2.758 casos confirmados e 98 mortes. O governo do Equador informou que, na quarta-feira, retirou 150 corpos que estavam em casas na cidade de Guayaquil. Fam�lias relatam que alguns mortos permaneceram at� tr�s dias em casa, esperando pelos servi�os funer�rios.

As autoridades n�o confirmaram quantas v�timas da COVID-19 est�o entre os 150 mortos. Nem todas as mortes foram decorrentes de infec��es pelo novo coronav�rus. Mas o r�pido crescimento dos �bitos fez com que as autoridades n�o conseguissem confirmar o n�mero de v�timas pela COVID-19. Desde 21 de mar�o, o Equador vive toque de recolher das 19h �s 5h. No entanto, em Guayaquil, epicentro da doen�a no pa�s, com 70% dos casos, o recolhimento obrigat�rio das pessoas come�a �s 16h.

FOR�A-TAREFA

De acordo com Jorge Wated, representante do governo para a crise do coronav�rus, foi criada uma for�a-tarefa com militares e policiais para atender � demanda e retirar os corpos das casas. "O mundo n�o estava preparado para isso. Diante dessa situa��o, o presidente Len�n Moreno ordenou a cria��o dessa for�a conjunta para a remo��o de corpos. Continuaremos a trabalhar incansavelmente, 24 horas por dia, sete dias por semana, para cuidar dos afetados", afirmou Wated.

Ele se desculpou em sua p�gina no Twitter. "Reconhecemos qualquer erro e pedimos desculpas �queles que tiveram demora em retirar seus entes queridos nas semanas anteriores". Segundo jornais locais, apenas 20 das 120 funer�rias de Guayaquil est�o funcionando. Al�m do medo do cont�gio pelos profissionais das funer�rias, h� escassez de caix�es porque os artes�os n�o conseguem comprar madeira, tecidos e tintas, suprimentos necess�rios para fazer os caix�es, por conta das restri��es no com�rcio.

Wated reconheceu falhas no sistema funer�rio de Guayaquil, aprofundadas pelo toque de recolher, que limita o tempo de circula��o de pessoas e a realiza��o de servi�os, como o recolhimento dos corpos por ag�ncias funer�rias. "Estamos trabalhando para que cada pessoa seja enterrada com dignidade e em espa�os individuais", disse Wated, referindo-se a um cemit�rio administrado pelo governo com capacidade para abrigar cerca de 2 mil corpos. A fala do porta-voz desmente informa��o que circulou nas redes sociais equatorianas esta semana, de que o governo pensou em enterrar os falecidos em uma vala comum.

O representante do governo disse ainda que o Equador estima que haver� entre 2.500 e 3.500 mortos, apenas na prov�ncia de Guayas, onde est� situada a cidade de Guayaquil. O Minist�rio da Sa�de P�blica do Equador informa na p�gina oficial na internet que disp�e de 27 hospitais para aten��o espec�fica de casos de coronav�rus, 2,1 mil centros m�dicos, al�m de 133 hospitais habilitados para atender os cidad�os para outros tipos de consultas. Em 11 de mar�o, o pa�s declarou estado de emerg�ncia sanit�ria.

INFECTADOS

Um dos pa�ses mais afetados pelo novo coronav�rus na Am�rica Latina � o Equador, que segue atr�s apenas do Brasil em n�mero de infectados e mortos pela COVID-19, mesmo com uma popula��o 12 vezes menor do que a brasileira e territ�rio 30 vezes menor. "� uma soma de v�rios fatores, mas o principal � que no Equador n�o seguimos rigorosamente todas as medidas que devem ser tomadas para enfrentar uma emerg�ncia dessa magnitude, nem as pessoas prestaram aten��o aos alertas do governo", disse Esteban Ortiz, epidemiologista equatoriano da Universidade das Am�ricas.

Nas redes sociais pessoas de todo mundo se comovem e se mobilizam com a situa��o do pa�s. A hashtag  #EcuadorEnEmergencia est� em alta em todo mundo, e no twitter Brasil, os assuntos “Equador” e “Guayaquil” s�o os mais comentados. Pessoas se sensibilizam e compartilham imagens fortes de corpos sendo deixados ou cremados nas ruas e urubus sobrevoando hospitais na cidade de Guayaquil.

NASCIMENTOS

Devido � crise, o Registro Civil do pa�s oferece a op��o de processar virtualmente as certid�es de nascimento e, embora exista uma ag�ncia que atenda pessoalmente, recomenda que a popula��o adie os registros para priorizar os atestados de �bito e outros casos urgentes. De acordo com a lei equatoriana, os pais t�m at� 90 dias para fazer o registro de nascimento de gra�a. (Ag�ncia Brasil)




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