Os Estados Unidos denunciaram neste s�bado (11) uma "xenofobia das autoridades chinesas em rela��o a africanos", que alegam ser v�timas de discrimina��o na cidade de Guangzhou (ou Cant�o) depois que casos de COVID-19 foram registrados na comunidade nigeriana.
Esses casos levantaram suspeitas contra a comunidade africana na grande metr�pole do sul da China.
V�rios africanos disseram � AFP que foram expulsos de suas casas e rejeitados em hot�is.
"O abuso e maus tratos de africanos que vivem e trabalham na China lembram, infelizmente, como � fraca a parceria entre a Rep�blica Popular da China e a �frica", disse � AFP um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
"Em um momento em que devemos nos unir para superar uma pandemia que as autoridades chinesas ocultaram irresponsavelmente do mundo, Pequim se dedica a jogar africanos nas ruas sem comida ou abrigo", lamentou.
"� lament�vel, mas n�o surpreendente, ver esse tipo de xenofobia das autoridades chinesas em rela��o aos africanos. Todo mundo que observa projetos chineses na �frica conhece esse tipo de comportamento injusto e manipulador", acrescentou.
Os Estados Unidos denunciam h� semanas a falta de transpar�ncia de Pequim no in�cio da epidemia, detectada no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, e sustenta que essa atitude atrasou a rea��o do resto do mundo e custou a vida de milhares de pessoas.
Apesar de uma tr�gua recente em sua guerra ret�rica, as trocas de farpas entre as duas grandes pot�ncias continuam.
O destino dos africanos no Cant�o, que tamb�m provocou "a extrema preocupa��o" da Uni�o Africana neste s�bado, se transformou em argumento para a diplomacia americana criticar mais uma vez a atitude chinesa.
O governo Donald Trump n�o demonstrou nenhum interesse particular no continente africano desde a chegada do magnata � Casa Branca em 2017.
Mas sustenta com frequ�ncia que os investimentos e empr�stimos de Pequim a pa�ses africanos t�m inten��es ocultas.
"As promessas para os africanos, incluindo aqueles que trabalham e estudam na China, nunca s�o cumpridas. Este tipo de tratamento, especialmente aos estudantes, durante uma crise global de sa�de, fala muito sobre como a Rep�blica Popular da China v� sua alegada 'associa��o' com a �frica ", insistiu o porta-voz do Departamento de Estado.