A Espanha, um dos pa�ses mais atingidos pela epidemia global de coronav�rus, come�ou a afrouxar ontem as restri��es duras do isolamento social, que mantiveram as pessoas em casa durante mais de um m�s e frearam a atividade econ�mica.
O n�mero de mortes causadas pela covid-19 chegou a 17.489 ontem, 517 a mais que no domingo. Os casos confirmados totalizaram 169.496 - a menor alta na taxa de infec��es desde o come�o da pandemia.
Embora o governo tenha decretado o confinamento total da popula��o inicialmente at� o pr�ximo dia 26, ontem funcion�rios de algumas empresas e f�bricas em setores n�o essenciais, que n�o podem trabalhar remotamente, principalmente os setores industrial e de constru��o civil, retomaram as atividades. Eles se juntaram aos setores considerados essenciais, como alimentos, necessidades b�sicas e produtos sanit�rios, que permaneceram ativos desde o in�cio da pandemia.
Diante de d�vidas e cr�ticas sobre o poss�vel efeito do regresso ao trabalho na expans�o do coronav�rus, o governo iniciou, em 1,5 mil pontos em todo o pa�s, um programa de distribui��o de 10 milh�es de m�scaras de prote��o para trabalhadores que est�o retomando suas atividades.
At� agora, o acesso da popula��o �s m�scaras tem sido dif�cil, pois a maior parte do suprimento � distribu�da aos profissionais de sa�de, for�as de seguran�a e outros grupos essenciais, enquanto a maioria da popula��o permanece confinada em suas casas.
O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, afirmou que o governo acredita que, at� o final desta semana, as farm�cias ter�o m�scaras � venda. "Se a sa�de dos trabalhadores for minimamente afetada, a atividade n�o poder� recome�ar", disse Grande-Marlaska, � r�dio Cadena Ser.
Com a medida de afrouxamento, o governo presidido pelo socialista Pedro S�nchez tenta reativar parte da economia espanhola, muito prejudicada pelo surto, com cerca de 900 mil postos de trabalho fechados desde meados de mar�o. Somente a constru��o civil responde por 12,5% da atividade econ�mica e emprega aproximadamente 1,7 milh�o de trabalhadores.
Medo
"N�o acabamos com as restri��es ao movimento de pessoas", lembrou ontem o ministro da Sa�de, Salvador Illa. "Ainda estamos confinados." Carlos Mogorr�n Flores, engenheiro civil de 27 anos de Talarrubias, em Extremadura, planejava voltar ao trabalho s� hoje, mas disse que isso ainda � arriscado. "Gostaria de ficar mais mais 15 dias confinado em casa, ou ao menos mais uma semana, e depois voltar. Voc� sempre fica com medo de pegar (o v�rus)", disse. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)
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