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Estado de Minas

COVID-19: aliados e advers�rios criticam Trump por tirar verba da OMS

No ano passado, OMS recebeu US$ 400 milh�es dos EUA. Por outro lado, l�deres mundiais suspenderam a d�vida dos pa�ses mais pobres por um ano. Alguns governos na Europa anunciam redu��o do confinamento


postado em 15/04/2020 18:07 / atualizado em 15/04/2020 18:36

Donald Trump acusou a OMS de 'má administração' e 'ocultação' de informações no início da pandemia na China, em dezembro(foto: MANDEL NGAN/AFP)
Donald Trump acusou a OMS de 'm� administra��o' e 'oculta��o' de informa��es no in�cio da pandemia na China, em dezembro (foto: MANDEL NGAN/AFP)
 

Mais de 130.000 pessoas morreram de coronav�rus no mundo, abalado nesta quarta-feira (15) pela decis�o do presidente Donald Trump de suspender a contribui��o dos Estados Unidos � Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).


A decis�o de Trump provocou uma avalanche de cr�ticas de aliados e inimigos, mas os l�deres mundiais, por outro lado, deram uma rara demonstra��o de unidade, decidindo suspender a d�vida dos pa�ses mais pobres do planeta por um ano, para permitir que eles enfrentem a crise.


Na Europa, que tem mais de dois ter�os das 131.319 mortes registradas no mundo, pa�ses como Alemanha e Dinamarca anunciaram os primeiros passos para reduzir o confinamento, a medida que marcou mais dramaticamente essa crise global de sa�de.


'M� gest�o'


Donald Trump acusou a OMS de "m� administra��o" e "oculta��o" de informa��es no in�cio desta pandemia na China em dezembro.


O surto poderia ter sido contido "com pouqu�ssimas mortes" se a OMS tivesse avaliado objetivamente a situa��o na China, que Trump considera muito influente na organiza��o.


Os Estados Unidos doaram no ano passado 400 milh�es d�lares � OMS. A perda desse financiamento � um enorme buraco nas finan�as da organiza��o.


"N�o h� tempo a perder" com controv�rsias, reagiu no Twitter o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmando depois que "lamentava" a decis�o de Trump.


O gerenciamento de crises pela OMS ser� revisto "no devido tempo", acrescentou.


O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, criticou a decis�o americana e considerou que "n�o � hora de reduzir o financiamento" para organiza��es que combatem a pandemia.


Da Uni�o Europeia � China, v�rios pa�ses e organiza��es condenaram essa iniciativa de Washington.


"Devemos trabalhar em estreita colabora��o contra o COVID-19. Um dos melhores investimentos � fortalecer as Na��es Unidas, em particular a OMS", destacou o chefe da diplomacia alem�, Heiko MaaMaas, enquanto a R�ssia denunciou "uma atitude muito ego�sta". por parte de Washington.


No entanto, o ministro das Rela��es Exteriores da Fran�a, Jean-Yves Le Drian, declarou que a OMS pode ter errado na "falta de autonomia em rela��o aos Estados".


Na Dinamarca, as crian�as come�aram a retornar para as escolas, que precisam instaurar medidas de seguran�a, come�ando por uma dist�ncia de dois metros entres as mesas.


Alguns pais consideraram a reabertura precipitada e afirmaram que seus filhos n�o s�o "ratos de laborat�rio".


Na �ustria, foi autorizada a reabertura de pequenas empresas n�o aliment�cias.


Enquanto isso, a Alemanha est� se preparando para um retorno progressivo �s aulas a partir de 4 de maio.


Na pr�xima semana, tamb�m ensaiar� a reabertura de pequenas lojas. Mas todos os clientes, assim como as pessoas que usam transporte p�blico, devem usar uma m�scara, recomendou a chanceler Angela Merkel.


A partir de segunda-feira, ser� obrigat�rio o uso de m�scara em Luxemburgo.


Em outros pa�ses, o desafio de retornar � normalidade � muito mais complexo.


A �ndia, um pa�s com 1,3 bilh�o de habitantes (quase 12.000 casos de coronav�rus), anunciou que permitir� gradualmente o retorno ao trabalho, especialmente para as classes mais desfavorecidas, em setores importantes como a agricultura.


Na esfera econ�mica, a pandemia ter� consequ�ncias muito graves, especialmente nos pa�ses mais desfavorecidos. Por esse motivo, o G20 (20 economias mais avan�adas) anunciou que os credores adiaram o servi�o da d�vida dos pa�ses mais pobres por um ano, uma decis�o "emocionante", nas palavras de Eric LeCompte, chefe de uma organiza��o n�o governamental americana, Jubilee USA.


O 'Grande Confinamento'


Como todos os principais cataclismos econ�micos ou sociais, a crise do novo coronav�rus j� tem um nome: o "Grande Confinamento", batizado assim pela economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.


Uma medida sem precedentes na hist�ria da humanidade, que causar� uma contra��o econ�mica global em 2020 de 3%, segundo o FMI. Somente a China e a �ndia ser�o salvas da recess�o este ano.


Com a paralisa��o da atividade industrial global, a Ag�ncia Internacional de Energia previu uma queda na demanda de petr�leo em 2020, como uma redu��o de 9,3 milh�es de barris por dia.


Mais da metade da popula��o do planeta ainda est� confinada, embora alguns pa�ses inevitavelmente decidam se arriscar.


A Coreia do Sul, que conseguiu conter a pandemia gra�as a uma estrat�gia de testes em massa, realizou elei��es legislativas nesta quarta-feira, com a medi��o da temperatura nos centros de vota��o e da cria��o de locais especiais para os eleitores com febre.


"As pessoas mant�m dist�ncia e todos est�o usando luvas", disse Kim Gwang-woo, 80 anos. "Tudo est� bem organizado", estimou.


Na Am�rica Latina, a cidade equatoriana de Guayaquil sofre como nenhuma outra da for�a destrutiva da pandemia.


"N�o h� espa�o para os vivos ou os mortos", disse � AFP Cynthia Viteri, prefeita da cidade portu�ria onde est�o sendo criados mais dois cemit�rios.


E no M�xico, que j� conta com mais de 5.300 infectados e 400 mortos, os habitantes de locais tur�sticos, como as praias virgens da costa de Guerrero ou Oaxaca, n�o recebem visitantes por medo da COVID-19.


Medos e rumores dificultam a tarefa do setor governamental e da sa�de de combater o COVID-19.


A Alta Comiss�ria das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, ex-presidente chilena Michelle Bachelet, pediu aos governos da Am�rica Latina e do mundo a permitir o retorno de seus cidad�os espalhados no exterior.


A solicita��o ocorreu depois que centenas de bolivianos foram bloqueados nos �ltimos dias na fronteira com o Chile, quando tentaram retornar ao seu pa�s.


No Peru, cerca de 700 camponeses desafiaram a quarentena realizando uma marcha de mais de 400 km de Lima at� suas casas, na regi�o andina de Huancavelica, depois de v�rias semanas presas na capital.


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