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Estado de Minas

Impaciente e temerosa, It�lia se prepara para suspender o confinamento


postado em 19/04/2020 13:55

Com a economia paralisada e os cidad�os confinados dentro de casa, na It�lia o tema que domina as conversas � a a suspens�o do confinamento, entre a impaci�ncia pela recupera��o e o temor de uma segunda onda da pandemia.

Pa�s mais afetado da Europa, a It�lia registra mais de 23.600 mortes (466 v�timas fatais nas �ltimas 24 horas), mas est� saindo da fase cr�tica da epidemia, ap�s v�rias semanas de confinamento, iniciado em 9 de mar�o.

Dia ap�s dia, a imprensa tenta descobrir a primeira atividade que ser� autorizada. As especula��es obrigaram o governo a lembrar durante o fim de semana "que n�o est�o previstas modifica��es" a respeito do confinamento, que seguir� em vigor at� 3 de maio.

Mas os pr�prios ministros do governo abordam o tema. "Devemos dar aos cidad�os uma liberdade de circula��o maior", afirmou o vice-ministro da Sa�de, Pierpaolo Sileri.

A ministra para a Fam�lia, Elena Bonnetti, deu a entender uma poss�vel reabertura parcial das �reas de lazer: "Algo tem que mudar nas pr�ximas semanas para nossas crian�as. Elas t�m o direito de brincar".

A press�o � grande para a retomada da terceira maior economia da Europa, muito castigada.

A marca de luxo Gucci retomou as atividades de segunda-feira em seu centro de pesquisas perto de Floren�a, com um n�mero limitado de funcion�rios. A Fincantieri reabre seus estaleiros gradualmente, come�ando com o m�ximo de 10% dos funcion�rios, que passam por um controle de temperatura nos pontos de acesso.

Um estudo publicado no s�bado mostra que 97,2% das empresas italianas sofreram efeitos da pandemia, metade delas de maneira grave, com uma redu��o do faturamento de 32% na compara��o com mar�o de 2019.

O jornal La Repubblica afirma que metade dos 23 milh�es de empregados e trabalhadores aut�nomos precisar�o de ajuda do Estado, mas o n�mero pode aumentar.

"Em absoluto respeito aos protocolos de sa�de, agora temos que olhar para frente. O lema � recupera��o", declarou Marco Marsilio, governador da regi�o de Abruzzos.

Contr�rio ao confinamento desde o in�cio, o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi pediu a reabertura das escolas, o que considera uma condi��o essencial para a recupera��o econ�mica, mas o governo n�o est� disposto a tomar tal medida.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte insistiu na import�ncia de um programa "bem articulado, que concilie a prote��o da sa�de e as exig�ncias da produ��o para uma recupera��o, que mantenha sob controle a curva epidemiol�gica e a capacidade de rea��o da maior parte das estruturas hospitalares".

Embora o pior da onda epid�mica pare�a ter passado, "a quest�o chave diz respeito ao poss�vel retorno do v�rus no outono" (hemisf�rio norte), adverte Luca Zaia, governador do Veneto.

"Conviver com o v�rus significa repensar a cada dia. N�o nos hor�rios de pico em todas as fases da vida di�ria. Temos que esquecer as ruas e os transportes p�blicos lotados", advertiu o diretor do Instituto Superior de Sa�de, Silvio Brusaferro.

O ritmo de recupera��o provoca diverg�ncias entre o Norte, motor econ�mico do pa�s, muito afetado pela epidemia, e o Sul, pobre e relativamente pouco afetado, mas cujo sistema de sa�de parece mal preparado para enfrentar um eventual novo surto de COVID-19.

"Talvez eles sejam mais otimistas que n�s. Aqui as coisas ser�o feitas por etapas, n�o podemos assumir riscos", advertiu a presidente da Calabria (sul), Jole Santelli, ao comentar o desejo de fim do confinamento do Norte.

Seu colega da Campania (sul), regi�o onde fica N�poles, Vincenzo de Luca, aspira que ap�s o fim do confinamento o pa�s mantenha a proibi��o dos deslocamentos entre as regi�es e que os visitantes do Norte possam ser colocados em quarentena.

Em sua estrat�gia para evitar qualquer novo surto de pandemia, a It�lia aumentou a taxa de testes de saliva (entre 50.000 e 60.000 por dia) e a Lombardia planeja iniciar esta semana testes sorol�gicos para os profissionais da sa�de nas cidades mais afetadas.


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