A atividade do setor privado na zona do euro registrou uma queda "sem precedentes" em abril devido �s limita��es decretadas para conter a dissemina��o do novo coronav�rus, informou nesta quinta-feira (23) a empresa de consultoria Markit.
"Uma deteriora��o sem precedentes na economia da zona do euro foi observada em abril em raz�o das medidas de confinamento", combinadas "com uma queda crescente na demanda global e escassez de pessoal e suprimentos", de acordo com Chris Williamson, economista-chefe da consultora.
Ap�s um "recorde de baixa" em mar�o, em 29,7 pontos, seu �ndice PMI, compilado a partir de dados de 5.000 empresas nos setores de manufatura e servi�os, caiu para 13,5 pontos em abril, o menor da s�rie hist�rica iniciada em 1998.
Um �ndice acima de 50 reflete uma progress�o da atividade nos 19 pa�ses da zona do euro, enquanto um n�mero mais baixo indica um decl�nio.
Durante a crise financeira global, o m�nimo foi de 36,2 em fevereiro de 2009, explica Markit.
Segundo comunicado da Markit, a situa��o, mais acentuada no setor de servi�os do que no manufatureiro, pode se traduzir em uma contra��o trimestral de 7,5% do PIB na economia da zona do euro como um todo.
"O segundo trimestre deve registrar a desacelera��o mais violenta que a regi�o j� sofreu nos �ltimos anos", diz Williamson, para quem o fim das medidas de conten��o atenuar� o hiato, mas estima que o processo ser� "lento".
Para Jack Allen-Reynolds, analista da Capital Economics, os �ndices de confian�a de abril "sugerem que a atividade econ�mica est� praticamente paralisada" e prev� que "a produ��o permanecer� muito fraca por muitos meses".
"Ningu�m espera uma r�pida retomada da atividade, mas uma certa recupera��o em rela��o �s baixas de abril faria sentido, pois algumas empresas est�o autorizadas a reabrir com cautela", aponta Bert Colijn, economista da ING.
Para o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), o PIB da zona do euro contrair� 7,5% em 2020 e crescer� novamente 4,7% em 2021.
As principais economias registrar�o quedas de 7% na Alemanha, 7, 2% na Fran�a, 9,1% na It�lia e 8% na Espanha.