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Estado de Minas INTERNACIONAL

Comerciantes sobem pre�os e provocam tumulto e saques na Venezuela

Viol�ncia foi registrada em comunidade no norte do pa�s; h� not�cias de que uma pessoa foi baleada e sete ficaram feridas


postado em 23/04/2020 10:05 / atualizado em 23/04/2020 11:17

Migrante venezuelano pede esmola nas ruas de Guayaquil, no Equado, enquanto segura cartaz dizendo
Migrante venezuelano pede esmola nas ruas de Guayaquil, no Equado, enquanto segura cartaz dizendo "Tenho fome". Milhares de venezuelanos foram para o pa�s pr�ximo (foto: Jose SANCHEZ / AFP)

Saques a com�rcios da cidade de Cumanacoa, no norte da Venezuela, terminaram em viol�ncia nesta quarta-feira, dia 23.

Segundo o gabinete do autoproclamado presidente Juan Guaid�, ao menos sete pessoas ficaram feridas no tumulto. Uma delas foi baleada, segundo ele.

Segundo o deputado Robert Alcal�, aliado de Guaid�, os saques come�aram depois que comerciantes aumentaram os pre�os durante a manh�. O parlamentar ouviu relatos de que os moradores da cidade passam fome.

O Centro de Comunica��o da Assembleia Nacional - parlamento dominado pela oposi��o e presidido por Guaid� - tamb�m afirmou que a crise se agravou com a pandemia de COVID-19, a doen�a causada pelo novo coronav�rus.


Ainda em mar�o, o regime de Nicol�s Maduro imp�s quarentena para toda a Venezuela para evitar o espalhamento da COVID-19. Levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, desta quarta-feira mostra 288 casos no pa�s e dez mortes pela doen�a.

Cumanacoa vem passando por manifesta��es contra a falta de alimentos e de combust�veis. O aumento nos pre�os por comerciantes revoltou ainda mais a popula��o da cidade onde vivem mais de 50 mil pessoas.

Em mensagem publicada no Twitter, Guaid� culpou o regime de Nicol�s Maduro pela crise e disse que os chavistas "subestimaram o povo, crendo que a repress�o e o medo podem conter o inevit�vel". "Um governo de emerg�ncia nacional sem os usurpadores � urgente", escreveu Guaid�.

Pessoas desabrigadas estão em quadra poliesportiva na cidade colombiana de Puerto Santander, fronteira com a Venezuela(foto: Schneyder MENDOZA / AFP)
Pessoas desabrigadas est�o em quadra poliesportiva na cidade colombiana de Puerto Santander, fronteira com a Venezuela (foto: Schneyder MENDOZA / AFP)


Guaid� vem pedindo um governo de emerg�ncia desde mar�o, quando os Estados Unidos propuseram que ele e Maduro se afastassem do poder e permitissem novas elei��es presidenciais na Venezuela. O chefe do regime chavista, por�m, negou a proposta, que chamou de "aberra��o".

Controle de pre�os

O presidente venezuelano Nicol�s Maduro alertou na quarta-feira que controles r�gidos de pre�os dos bens poderiam retornar, com o surto de coronav�rus e uma aguda falta de gasolina que fez a infla��o acelerar.

O governo chavista relaxou no ano passado a aplica��o de controles de pre�os, vigentes h� quase duas d�cadas, permitindo ao setor privado desempenhar um papel maior na importa��o e venda de mercadorias em face das san��es dos EUA destinadas a derrubar Maduro, acusado de corrup��o e viola��es dos direitos humanos.

Mas nas �ltimas semanas, os pre�os come�aram a subir, em parte devido � escassez de gasolina, resultado de anos de falta de manuten��o e investimento nas refinarias, e mais recentemente devido �s san��es, que complicaram o transporte de produtos.

"Eu dei instru��es precisas para lidar com a especula��o, os setores da economia que n�o desejam cooperar com o pa�s", disse Maduro em um discurso na televis�o estatal. "Todos os mecanismos para regular e monitorar a produ��o, custos e os pre�os est�o ativados".

A Venezuela est� no sexto ano de uma hiperinfla��o, que os economistas atribuem � desenfreada impress�o de dinheiro para cobrir d�ficits fiscais e interven��es estatais pesadas na economia.

Maduro frequentemente culpa as san��es dos EUA e uma suposta sabotagem da oposi��o pelos problemas do pa�s. Os passos de Maduro em dire��o � liberaliza��o da pol�tica econ�mica no ano passado n�o mudaram a economia.

Segundo a Assembleia Nacional, �rg�o legislativo controlado pela oposi��o que teve o mandato anulado por Maduro, a infla��o interanual chega a 3,365%. O governo n�o publica regularmente indicadores econ�micos.

O custo de um quilo de carne em Caracas aumentou 72% nos �ltimos 30 dias, segundo os c�lculos da ag�ncia Reuters. (Com ag�ncias internacionais).


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