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Estado de Minas

It�lia reabre parques e permite funerais a partir de maio; futebol e missas, ainda n�o

Mas governo alerta para riscos: "Se n�o respeitarmos as precau��es, a curva (de mortes) subir� novamente Se voc� ama a It�lia, mantenha dist�ncia"


postado em 27/04/2020 07:44 / atualizado em 27/04/2020 08:40

Agente de segurança (L) mede temperatura corporal de funcionário da Fiat, que chega de carro à fábrica em Turim, na retomada do trabalho nesta segunda-feira (27-04)(foto: Miguel MEDINA / AFP)
Agente de seguran�a (L) mede temperatura corporal de funcion�rio da Fiat, que chega de carro � f�brica em Turim, na retomada do trabalho nesta segunda-feira (27-04) (foto: Miguel MEDINA / AFP)

O primeiro-ministro da It�lia, Giuseppe Conte, apresentou nesse domingo (26) em uma coletiva de imprensa os detalhes da chamada "fase dois" do combate ao novo coronav�rus (Sars-CoV-2), que come�ar� a partir do dia 4 de maio.


"A segunda fase come�a, agora tendo a conviv�ncia com o v�rus. Se n�o respeitarmos as precau��es, a curva subir� novamente, as mortes aumentar�o e teremos danos irrevers�veis � nossa economia. Se voc� ama a It�lia, mantenha dist�ncia", informou Conte no in�cio da coletiva.

O premier italiano tamb�m destacou que a dist�ncia de seguran�a entre as pessoas dever ser de "pelo menos um metro". Conte aproveitou a ocasi�o e pediu para que os ind�viduos que tiverem mais de 37,5 de febre n�o saiam de casa.

"Vamos afrouxar o bloqueio em 4 de maio, mas queremos manter a situa��o sob controle. As regi�es ter�o que nos informar sobre o andamento da curva epidemiol�gica e a adequa��o das estruturas de sa�de diariamente. Assim, se virmos situa��es cr�ticas poderemos intervir. N�o aceitaremos ter situa��es que est�o al�m do nosso controle", revelou o premier.

Conforme o plano, que foi elaborado por especialistas da �rea da sa�de, as m�scaras de prote��o ter�o um pre�o fixo de 50 centavos de euros, para evitar que os produtos sejam comercializados com pre�os abusivos.

Conte tamb�m informou que a partir do pr�ximo dia 4, ser� permitido o acesso a moradias, vilas e parques p�blicos, desde que as pessoas respeitem os requisitos de seguran�a. Os prefeitos de cada cidade, no entanto, ter�o autonomia de ordenar o fechamento dessas �reas, caso for necess�rio.

Na confer�ncia, o premier confirmou que as cerim�nias funer�rias ser�o reabertas, mas com a presen�a de no m�ximo 15 pessoas com m�scara e respeitando as regras de dist�ncia. Em 4 de maio, visitas a familiares tamb�m ser�o permitidas, desde que n�o seja reuni�es com v�rias pessoas.
Padrefaz rito funerário e as orações durante enterro de vítima do COVID-19 no cemitério de Envie, noroeste da Itália(foto: MARCO BERTORELLO / AFP)
Padrefaz rito funer�rio e as ora��es durante enterro de v�tima do COVID-19 no cemit�rio de Envie, noroeste da It�lia (foto: MARCO BERTORELLO / AFP)


J� festas particulares e viagens para outras regi�es, exceto por motivos urgentes, como trabalho, n�o poder�o ser realizadas.

"A reabertura das empresas em quest�o � permitida com a premissa de conformidade com os protocolos de seguran�a. Tamb�m haver� um protocolo de seguran�a para as empresas de transporte", disse Conte.

Os museus italianos, exposi��es e bibliotecas, contudo, ser�o reabertos apenas no dia 18 de maio, assim como o com�rcio varejista, para evitar hor�rios de de pico. Cabeleireiros, cl�nicas de est�tica, bares e restaurantes ter�o que esperar at� o dia 1º de junho para retomarem as atividades.

Os bares e restaurantes, por�m, ter�o liberdade para realizar um sistema de entrega, onde o cliente poder� pedir e retirar a comida no estabelecimento.

No transporte, as pessoas ser�o obrigadas a usarem m�scaras e respeitarem os limites de distanciamento. J� em esta��es de metr� e em aeroportos, os passageiros precisar�o passar por scanners t�rmicos.

Assim como Conte adiantou em uma entrevista ao jornal "La Repubblica", as escolas n�o retornar�o at� setembro.

J� no esporte, a It�lia vai liberar que as pessoas pratiquem alguma atividade fora de casa, desde que estejam sozinhas. J� treinamentos em grupo s� ser�o liberados a partir do dia 18. Sobre a retomada do futebol italiano, Conte disse que ainda n�o foi decidido uma data.

"Sou apaixonado pelo futebol, como muitos italianos, por isso parecia estranho que a temporada pudesse ser suspensa, mas mesmo os torcedores mais apaixonados perceberam que n�o havia alternativa. O ministro do Esporte Vincenzo Spadafora trabalhar� intensivamente nos pr�ximos dias com especialistas, cientistas e personalidades do esporte para realizar treinamentos individualmente a partir de 4 de maio, em grupos a partir de 18 de maio, e avaliaremos se existem condi��es para permitir que a temporada seja conclu�da", revelou Conte.

O primeiro-ministro italiano explica que as novas medidas n�o representam um "todo mundo livre" no pa�s. "Estamos todos enfrentando um teste muito dif�cil. Mesmo nos pr�ximos meses, um desafio muito complexo nos espera. Muitos de voc�s gostariam de uma flexibiliza��o definitiva das medidas. Eles tamb�m podem reagir negativamente neste est�gio", alertou Conte.

Segundo o �ltimo balan�o da Defesa Civil da It�lia, o pa�s tem atualmente 106.103 casos ativos da doen�a e 26.644 mortes.

Protesto da Igreja


A Confer�ncia Episcopal Italiana (CEI) criticou o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte por n�o ter liberado a realiza��o de missas e outras celebra��es religiosas no pa�s a partir de 4 de maio.

"Os bispos italianos n�o podem aceitar o comprometimento do exerc�cio da liberdade de culto. Deve estar claro a todos que o empenho no servi�o para os pobres, t�o importante nesta emerg�ncia, nasce de uma f� que precisa se nutrir em suas fontes, principalmente a vida sacramental", diz um comunicado da CEI.

Na nota, os bispos italianos afirmam que a Igreja aceitou "com sofrimento" as limita��es impostas pelo governo para combater a pandemia, mas exige retomar sua "a��o pastoral" quando come�ar a etapa de relaxamento das normas de isolamento social.

Ainda segundo a CEI, a decis�o de manter o veto �s missas � "arbitr�ria". Em resposta, o governo Conte disse que estudar� nos pr�ximas dias um protocolo que permita a reabertura das igrejas "em m�xima seguran�a".

A decis�o do premi� � alvo de cr�ticas at� dentro do governo. A ministra da Fam�lia, Elena Bonetti, afirmou ser "incompreens�vel" n�o autorizar a volta das celebra��es religiosas - Bonetti � aliada do ex-primeiro-ministro e senador Matteo Renzi, principal voz dissonante na base aliada.

Apesar disso, o comit� cient�fico que assessora o governo na pandemia afirmou que ainda existem "criticidades" a serem resolvidas antes de permitir que fi�is voltem a se reunir nas igrejas, como a proximidade durante a Eucaristia.

"Como ainda n�o � poss�vel prever o impacto das reaberturas parciais e do relaxamento das medidas atualmente em vigor na din�mica epid�mica, o comit� acredita ser prematuro permitir a participa��o de fi�is em eventos religiosos", disse o �rg�o.

Esse mesmo comit� prev� que a reabertura das missas possa come�ar em 25 de maio.  


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