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Estado de Minas

Coronav�rus provoca graves danos � economia e pa�ses avan�am no desconfinamento


postado em 07/05/2020 10:06

A pandemia do coronav�rus, que j� matou mais de 263.000 pessoas no mundo, continua provocando estragos na economia mundial e no turismo internacional, que pode registrar queda de entre 60 e 80%, o que est� levando v�rios pa�ses a acelerar o desconfinamento.

Como muitas outras pot�ncias, o Reino Unido, com mais de 30.000 mortes, registrar� uma contra��o hist�rica: o Banco da Inglaterra (BoE) prev� uma queda de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Na Fran�a, quase meio milh�o de empregos foram suprimidos desde o in�cio da crise, de acordo com o instituto nacional de estat�sticas.

E nos Estados Unidos, o pa�s mais afetado pela doen�a, com mais de 73.000 mortos, dezenas de milh�es de pessoas recorreram ao seguro-desemprego.

A situa��o � "pior" que o ataque surpresa do Jap�o contra Pearl Harbor em 1941 ou os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, afirmou na quarta-feira o presidente americano, Donald Trump.

"Este � realmente o pior ataque que j� tivemos", disse o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca.

Trump reiterou as cr�ticas � China e disse que a pandemia "nunca deveria ter acontecido".

Em resposta, a porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, Hua Chunying, lamentou nesta quinta-feira que "apenas os Estados Unidos elevam uma voz discordante, falsa e hip�crita".

"� uma pena ver que algumas pessoas nos Estados Unidos atribuem a culpa aos demais, ao inv�s de assumir suas responsabilidades", insistiu, antes de pedir aos americanos que lutem "ao lado da China como s�cios, ao inv�s de como inimigos".

Um dos setores mais afetados pela crise, o turismo, tamb�m anunciou n�meros negativos nesta quinta-feira.

O volume de turistas internacionais pode cair entre 60 e 80% em 2020, afirmou a Organiza��o Mundial do Turismo (OMT), que cita a "pior crise" desde o in�cio de seus registros, em 1950.

"O turismo recebeu um golpe duro. Milh�es de postos de trabalho est�o em perigo em um dos setores da economia que mais empregam m�o de obra", afirmou o secret�rio-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, citado no relat�rio da ag�ncia da ONU com sede em Madri.

- Aumento da fome e da pobreza -

Neste contexto, o governo franc�s deve anunciar nas pr�ximas horas como o pa�s organizar� o desconfinamento a partir de 11 de maio. O primeiro-ministro Edouard Philippe j� antecipou que acontecer� de forma "progressiva" e "diferenciada".

Um dos pontos mais pol�micos do dispositivo � a reabertura das escolas, em um pa�s onde a COVID-19 provocou quase 26.000 mortes.

No Reino Unido, as autoridades devem prorrogar oficialmente o confinamento em vigor desde mar�o, mas a imprensa informou que algumas restri��es devem ser flexibilizadas a partir do fim de semana.

Apesar de tudo, "os efeitos mais devastadores e desestabilizadores ser�o sentidos nos pa�ses mais pobres", onde os Estados n�o podem ajudar financeiramente a popula��o, alertou a ONU, que busca arrecadar 4,7 bilh�es de d�lares para "proteger milh�es de vidas".

"Se n�o agirmos agora, teremos que nos preparar para um aumento significativo dos conflitos, da fome e da pobreza. Se perfila o fantasma de m�ltiplas fomes", afirmou uma alto funcion�rio da ONU, Mark Lowcock.

No Brasil, onde o coronav�rus matou mais de 8.000 pessoas, a taxa de mortalidade afeta especialmente os mais desfavorecidos, sobretudo a popula��o negra. "� um processo herdado da escravid�o do qual o pa�s ainda n�o abriu m�o, n�o se reformulo", afirma Emanuelle Goes, pesquisadora do Centro de Integra��o de Dados e Conhecimentos para a Sa�de da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na Am�rica Latina e Caribe foram registrados mais de 300.000 casos e mais de 16.400 mortes, de acordo com um balan�o da AFP com base em dados oficiais.

� espera de que o pico da pandemia seja alcan�ado nos pr�ximos dias em v�rios pontos da regi�o, muitos pa�ses vizinhos do Brasil observam com preocupa��o a evolu��o da doen�a no territ�rio brasileiro, enquanto o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro minimiza a COVID-19 e estimula a popula��o a n�o respeitar as medidas de distanciamento social impostas pelos governadores em v�rios estados.

A Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPS) pediu aos pa�ses que adotem a cautela no momento de flexibilizar as medidas de confinamento, ao alertar que a taxa de transmiss�o ainda � "muito elevada" no Brasil, Equador, Peru, Chile e M�xico.

- Onda de suic�dios? -

Nos Estados Unidos, muitos imigrantes sem documentos se recusam a procurar um hospital at� o �ltimo momento por medo de deten��o ou de receber uma conta elevada.

"As pessoas t�m medo de ir ao hospital pelas pol�ticas anti-imigra��o implementadas pelo governo Trump desde o primeiro dia", afirma Francisco Moya, vereador do Queens, em Nova York.

Na Austr�lia, o estresse e os problemas econ�micos provocados pela pandemia podem levar milhares de pessoas ao suic�dio, afirma um estudo da Universidade de Sydney.

Na Europa, que superou nesta quinta-feira a barreira de 150.000 mortos, segundo um balan�o da AFP, o desconfinamento se acelera em v�rios pa�ses.

A Alemanha, com dados sobre a doen�a considerados satisfat�rios, deu um passo adiante na quarta-feira em seu plano de desconfinamento, com a reabertura do com�rcio e das escolas, al�m da autoriza��o do retorno do futebol profissional ainda em maio.

O pa�s pretende acabar com quase todas as restri��es impostas desde mar�o, com exce��o do fechamento das fronteiras e da proibi��o de grandes eventos esportivos ou culturais com p�blico.

A Bundesliga ser� retomada com partidas disputadas sem torcedores em meados de maio. Ser� o primeiro grande campeonato de futebol do continente a retomar as atividades.

No Reino Unido, Espanha e It�lia, os campeonatos devem retornar em junho.

A It�lia, primeiro epicentro da epidemia na Europa e que registra quase 30.000 mortes, tamb�m iniciou um t�mido desconfinamento. Para ter uma estimativa mais precisa do n�mero de pessoas infectadas, Roma deve organizar 150.000 testes sorol�gicos.

"Dar positivo em um teste r�pido n�o quer dizer que voc� est� protegido", disse o professor Sergio Bernardini, um dos coordenadores da campanha.

Um sutil retorno � normalidade tamb�m acontece na Espanha, onde a pandemia deixou quase 26.000 mortos, embora o governo permane�a vigilante.

Um desconfinamento "precipitado" seria um "erro absoluto, total e imperdo�vel", afirmou o primeiro-ministro Pedro S�nchez no Parlamento, que na quarta-feira aprovou a prorroga��o do estado de alerta at� 23 de maio.


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