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Estado de Minas

Para pesquisador, 'falta uma pe�a do quebra-cabe�a' da origem da COVID-19


postado em 07/05/2020 10:06

Como o novo coronav�rus apareceu e passou do morcego para o homem? "Est� faltando uma pe�a do quebra-cabe�a", afirma o pesquisador Meriadeg Le Gouil, coordenador na Fran�a de um projeto de pesquisa sobre a origem da pandemia.

"Ningu�m pode dizer que entendeu o surgimento desse v�rus", ressalta � AFP o virologista e ecologista da Universidade de Caen (oeste da Fran�a), membro do Grupo de Pesquisa sobre Adapta��o Microbiana (GRAM).

"Neste coronav�rus, encontramos vest�gios de v�rios v�rus que conhecemos na natureza. Exceto que n�o conhecemos os pais recentes, apenas os primos", explica esse pesquisador de 39 anos, que exclui uma "origem sint�tica" do v�rus, por exemplo, em um laborat�rio chin�s, como os Estados Unidos garantem e Pequim nega.

Segundo a grande maioria dos pesquisadores, o coronav�rus foi transmitido ao homem por um animal. Cientistas chineses apontaram um mercado na cidade de Wuhan, onde animais selvagens vivos eram vendidos.

Usando an�lise gen�tica, a ci�ncia foi capaz de vincular o SARS-CoV-2 a um v�rus estudado em 2013 em um morcego em Yunnan, sul da China, semelhante 96% em m�dia.

Embora a transmiss�o direta do morcego para o homem seja "poss�vel", essa n�o � a hip�tese mais prov�vel, de acordo com esse especialista em coronav�rus, j� que s�o necess�rios contatos pr�ximos, numerosos e frequentes para que um v�rus salte uma esp�cie.

"A menos que tenha acontecido um tr�fico absolutamente gigantesco de morcegos nos �ltimos tr�s anos", diz ele.

"A segunda op��o seria a cria��o de um outro animal selvagem", que teria servido como hospedeiro intermedi�rio entre o morcego e o homem, explica Le Gouil. "Est� faltando uma pe�a do quebra-cabe�a", que pode n�o ser o pangolim, como alguns suspeitam, mas a civeta, um pequeno mam�fero carn�voro, aponta.

O pesquisador j� encontrou esse pequeno mam�fero durante a epidemia causada por outro coronav�rus, a SARS de 2002, assunto de sua tese seis anos depois.

- O suspeito ideal? -

"A civeta � como a nossa cor�a (na Fran�a), um prato preparado para grandes ocasi�es", ilustra ele. "� um carn�voro pr�ximo do cachorro e do gato (...) que frequenta as cavernas e que ocasionalmente come morcegos".

A cria��o deste animal "havia multiplicado 50 vezes nos cinco anos anteriores ao surgimento da SARS. A civeta capturada na natureza era levada a fazendas espec�ficas, o que favoreceu o nascimento de uma variante do coronav�rus, presente apenas" neste segundo grupo, acrescenta o pesquisador.

Hoje, os cientistas chineses "publicam 10 artigos cient�ficos diariamente, mas nem uma palavra sobre as fazendas na regi�o. � surpreendente para (um pa�s) sensibilizado ao surgimento do coronav�rus".

"Eu daria tudo para colher amostras na China de todos os tipos de fazendas que existiam na regi�o tr�s ou quatro meses atr�s".

O projeto de pesquisa Discover, que ele coordena, visa rastrear a trilha do SARS-CoV-2, estudando a preval�ncia, diversidade e evolu��o do coronav�rus em diferentes esp�cies no norte do Laos e na Tail�ndia.

"O objetivo n�o � necessariamente encontrar a pe�a que falta, que j� pode ter desaparecido. Mas teremos pistas e alguns argumentos para entender melhor o que aconteceu". "Pelo menos teremos uma vis�o muito boa do que aconteceu pouco antes".

Trata-se tamb�m de "detectar pr�ticas perigosas" para a sa�de, como a cria��o de civetas.

"� evidente que existe um elo entre o transbordamento da atividade humana na vida selvagem, a maneira como interagimos com a natureza e o surgimento de pat�genos", diz ele.

"Vemos claramente a rela��o entre a sa�de do ecossistema e a sa�de humana".


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