
E conter um v�rus altamente contagioso n�o � tarefa simples na Ala Oeste, epicentro do poder nos Estados Unidos, um lugar onde o distanciamento social aconselhado para evitar cont�gios �, de fato, muito dif�cil de ser aplicado.
Depois que dois membros do pessoal se infectaram com a COVID-19, o tema mant�m os EUA em alerta.
Mas nesta segunda-feira (11), poucas horas antes de uma coletiva de imprensa nos jardins da Casa Branca, o presidente Donald Trump n�o comentou o assunto, ansioso para projetar, a todo custo e de forma irrespons�vel, de acordo com seus cr�ticos, a imagem de um pa�s que superou a COVID-19 e que pode retomar suas atividades.
"Os n�meros do coronav�rus est�o MUITO melhores, diminuindo em quase todos os lugares. Um enorme progresso foi feito!", escreveu Trump no Twitter, que desferiu ainda dois ataques contra os meios de comunica��o, chamando-os de "inimigos do povo", e ao seu antecessor, Barack Obama.
Segundo o atual presidente, o democrata est� sob holofotes de um grande "Obamagate", n�o detalhado por Trump.
Por influ�ncia do cinema, a Ala Oeste parece ter grandes dimens�es no imagin�rio coletivo. No entanto, esse edif�cio, que abriga o Sal�o Oval, os escrit�rios dos assessores mais pr�ximos do presidente, a sala de imprensa e os escrit�rios de jornalistas credenciados, � na verdade um pequeno espa�o onde todos trabalham juntos.
No �ltimo final de semana, Kevin Hassett, consultor econ�mico de Trump, resumiu o sentimento geral: "� assustador ir ao trabalho".
"Quando voltei, sabia que estava correndo um risco, que estaria mais seguro sentado em casa do que na Ala Oeste, que mesmo com todos os testes (para a COVID-19) do mundo e os melhores equipamentos m�dicos da Terra, � um lugar de bastante aglomera��o", disse ele � CNN.
Os fatos est�o a�: a COVID-19 est� se aproximando do Presidente e do Vice-Presidente, que agora est�o sendo testados diariamente.
Pence
O novo coronav�rus apareceu oficialmente na Casa Branca h� alguns dias: Katie Miller, porta-voz de Pence e esposa de Stephen Miller, um conselheiro pr�ximo de Trump, testou positivo. Um assessor do presidente tamb�m.
Preventivamente, tr�s membros do comit� de crise dos EUA para lidar com a pandemia decidiram se isolar: Anthony Fauci, o epidemiologista mundialmente conhecido, que se destacou na luta contra v�rus como o da aids e do ebola, Robert Redfield, diretor dos Centros de Preven��o de Doen�as Infecciosas (CDC), e Stephen Hahn, diretor da ag�ncia reguladora de medicamentos americana, a FDA.
Depois que o porta-voz do seu vice testou positivo para a COVID-19, Trump avalia limitar os contatos com Pence, embora o vice tenha testado negativo.
Em um memorando interno publicado nesta segunda-feira, a Casa Branca pediu a todos os que trabalham na Ala Oeste que usem m�scaras ao entrar e ao trabalhar no edif�cio, a menos que estejam em seus escrit�rios.
Durante os "briefings" na sala de imprensa, todos os jornalistas t�m a temperatura sempre medida antes de entrar na Casa Branca, e fazem perguntas usando m�scaras.
Diferentemente de muitos l�deres mundiais, Trump optou n�o usar m�scara, mesmo durante uma visita na semana passada a uma f�brica de equipamentos de prote��o m�dica em Phoenix (Arizona).
Pence n�o participou de uma reuni�o na Casa Branca no s�bado com Trump e o comando militar. Mas esteve na Ala Oeste nesta segunda.
"O vice-presidente Pence continuar� seguindo os conselhos da unidade m�dica da Casa Branca e n�o est� em quarentena", disse seu porta-voz.
At� o momento, os Estados Unidos s�o de longe o pa�s mais afetado pelo novo coronav�rus no mundo, com mais de 80.000 mortes.
E embora a situa��o esteja melhorando lentamente em Nova York, o epicentro da doen�a nos Estados Unidos, a pandemia n�o se desacelera em n�vel nacional.
Para o ex-presidente Obama, a situa��o � clara: a gest�o da crise por parte da Casa Branca � um "desastre ca�tico absoluto".
