
Tedros citou que, no fim de semana, foram vistos os primeiros desafios de reduzir as medidas de restri��o de movimenta��o de pessoas em pa�ses como Alemanha, China e Coreia do Sul, com novos casos ressurgindo.
"No fim de semana, vimos sinais dos desafios que podem surgir pela frente. Na Coreia do Sul, bares e clubes foram fechados porque um caso de covid-19 foi confirmado e houve muitos contatos rastreados. Em Wuhan, foi identificado o primeiro cluster de casos desde que o lockdown foi suspenso. E a Alemanha tamb�m relatou aumento de casos desde o al�vio das restri��es".
Tedros destacou que os pa�ses precisam responder tr�s perguntas antes de pensar na flexibiliza��o: a epidemia est� sob controle? O sistema de vigil�ncia de sa�de p�blica � capaz de detectar e gerenciar novos casos e identificar um ressurgimento da pandemia? O sistema de sa�de pode lidar com os novos casos que eventualmente surjam ap�s o relaxamento de medidas?
Tedros disse que os tr�s pa�ses t�m sistemas para detectar e atuar contra o ressurgimento dos casos, mas esse pode n�o ser o caso de outras na��es. "Uma redu��o das medidas lenta e constante � essencial para estimular as economias e vigiar o v�rus, de modo que medidas de controle possam ser implementadas rapidamente (caso necess�rio)".
O diretor da entidade comentou ainda que est� havendo sucesso em reduzir a velocidade do v�rus e em salvar vidas. "Essas medidas fortes t�m um custo e reconhecemos o s�rio impacto socioecon�mico dos lockdowns, que tiveram um efeito prejudicial na vida de muitas pessoas", reconheceu. "Muitos usaram esse tempo para aumentar sua capacidade de testar, rastrear, isolar e cuidar dos pacientes contaminados, que � a melhor maneira de rastrear o v�rus, retardar sua dissemina��o e aliviar a press�o nos sistemas de sa�de".
"O risco de cont�gio continua alto", salientou Michael Ryan, diretor do programa de emerg�ncias da OMS. Segundo ele, os pa�ses ainda est�o "com os olhos vendados" por n�o saberem exatamente como ser�o os resultados dessa flexibiliza��o. Por isso, � preciso que haja dados, par�metros e acompanhamento intenso na reabertura.
Nesta segunda, pa�ses como Fran�a, Espanha e Alemanha reduziram o n�vel de confinamento vigente. Na Espanha e na Alemanha, as medidas j� v�m sendo aliviadas rapidamente, enquanto milh�es de franceses puderam deixar suas casas sem uma declara��o pela primeira vez em quase dois meses.
