
"Depois de preso no Rio de Janeiro na segunda-feira, o repressor Gonzalo S�nchez (69 anos) j� est� na Argentina para ser processado por crimes contra a humanidade", afirmou.
S�nchez, apelidado Chispa, era fugitivo das investiga��es judiciais sobre crimes cometidos na Escola de Mec�nica da Marinha (ESMA), um emblem�tico centro clandestino de deten��o da ditadura em Buenos Aires.
Segundo o Minist�rio das Rela��es Exteriores, a divulga��o do mandado de pris�o internacional para S�nchez, um ex-oficial da Marinha, "foi de vital import�ncia para que a Interpol Brasil" o prendesse em Paraty, cidade entre S�o Paulo e Rio de Janeiro.
Um pedido anterior de pris�o e extradi��o de S�nchez em 2017 falhou.
A entrada na Argentina foi atrav�s da passagem de fronteira de Puerto Iguaz�, no nordeste do pa�s, "onde as for�as brasileiras o entregaram com um atestado m�dico e teste para COVID-19", disse o Minist�rio das Rela��es Exteriores.
O repressor foi levado � Superintend�ncia de Investiga��es Federais, em Buenos Aires, onde foi detido provisoriamente.
Segundo a Justi�a argentina, S�nchez era membro dos comandos repressivos da ESMA (hoje museu da mem�ria), onde desapareceram cerca de 5.000 presos pol�ticos do regime, incluindo Walsh e Hagelin, sequestrados em 1977.
Os corpos de Walsh e Hagelin nunca foram encontrados. Os l�deres da ESMA ordenaram os chamados "voos da morte", dos quais os detidos, depois de serem drogados, eram jogados vivos no mar ou no Rio de la Plata.
Mais de mil chefes, oficiais e policiais do regime foram condenados por crimes contra a humanidade desde 2003.
As organiza��es de direitos humanos estimam que 30.000 pessoas desapareceram na ditadura.
Dezenas de milhares de outras pessoas seguiram para o ex�lio.