
Em entrevista � R�dio 4 da BBC, nesta quinta-feira, o professor de Medicina da universidade e diretor n�o executivo da farmac�utica Roche, Sir John Bell, disse que, se as etapas da pesquisa de Oxford continuarem a dar certo o governo brit�nico ter� aprovado a vacina no come�o de setembro e come�ado a fabric�-la para a popula��o. Agora, o grupo precisa avaliar se as pessoas que receberam a dose contra o coronav�rus foram infectadas ou n�o - para ver se encontraram uma vacina com potencial para acabar com a pandemia.
Em 23 de abril, os pesquisadores injetaram nos 320 primeiros volunt�rios a vacina ChAdOx1 nCoV-19, que � a combina��o do adenov�rus de chimpanz� e do material gen�tico de uma prote�na encontrada na superf�cie do coronav�rus - usada para infectar c�lulas humanas. Outro grupo recebeu uma vacina para meningite, pois os efeitos colaterais s�o similares aos causados pela ChAdOx1 nCoV-19: eleva��o da temperatura corporal, dor de cabe�a e nos bra�os. Assim, os pacientes n�o teriam como saber qual das duas vacinas receberam.
Para descobrir se a vacina funciona, � preciso olhar nas estat�sticas o n�vel de infec��o dos dois grupos. E, para isso, � necess�rio que um pequeno grupo desenvolva a covid-19. E � nesta etapa que os pesquisadores se encontram. "A rapidez com que nosso time tenha os n�meros necess�rios (para a avalia��o) depende do n�vel de transmiss�o do v�rus na popula��o. Se a transmiss�o permanecer alta, poderemos ter dados suficientes em dois meses. Caso a transmiss�o caia, isso pode levar seis meses", diz um post de 23 de abril da Oxford. "At� junho, devemos ter o n�mero suficiente de pessoas com a doen�a. E, se eles n�o tiverem sido infectados, � bola para frente", afirmou Bell � BBC.
Processo longo
J� o chefe do departamento de vacinas da Ag�ncia Europeia de Medicamentos, Marco Cavaleri, disse em confer�ncia virtual que "s�o muito poucas as vacinas que chegam at� o processo final de licen�a e, em muitos casos se requer provas adicionais para confirmar que n�o provocam nenhum efeito colateral grave."
Ele ainda pontuou que n�o � poss�vel descartar uma terceira etapa do processo de desenvolvimento da vacina, na qual o n�vel de prote��o e os efeitos colaterais s�o investigados mediante provas em milhares de pessoas fora dos laborat�rios - o que leva a determinar, entre outros fatores, se a vacina faz com que as pessoas se tornem mais suscet�veis ao cont�gio.
Por outro lado, a ag�ncia tamb�m tem 115 ensaios cl�nicos pendentes para os sintomas causados pelo coronav�rus. Cavaleri afirmou que alguns desses ensaios poderiam ser aprovados na Europa ainda neste ano, mas n�o especificou qual m�todo seria. (Com ag�ncias internacionais).