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Estado de Minas CORONAV�RUS

Europa tenta aplacar desastre econ�mico da pandemia e avan�a no desconfinamento

Mais de cinco meses ap�s o surgimento da COVID-19 na China, o mundo est� aceitando a ideia de conviver com as limita��es e o medo


postado em 15/05/2020 20:01 / atualizado em 15/05/2020 22:08

No entanto, as medidas de distanciamento social ainda estão em vigor em todo mundo(foto: Alberto PIZZOLI / AFP )
No entanto, as medidas de distanciamento social ainda est�o em vigor em todo mundo (foto: Alberto PIZZOLI / AFP )
Algumas cidades abrem seus restaurantes, outras, suas escolas, e a vida tenta retomar seu curso com cautela em um planeta paralisado pela pandemia de coronav�rus, que causou mais de 305.000 mortes e 4,5 milh�es de cont�gios e, continua a provocar estragos em pa�ses como Estados Unidos, Brasil e R�ssia.


Mais de cinco meses ap�s o surgimento da COVID-19 na China, o mundo est� aceitando a ideia de conviver com as limita��es e o medo impostos por esse coronav�rus. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), "talvez [o v�rus] nunca v� desaparecer".


E, em paralelo, os esfor�os est�o sendo redobrados para revitalizar a economia, mergulhada em uma recess�o sem precedentes.


A maior economia europeia, a Alemanha, confirmou nesta sexta-feira uma queda de 2,2% em sua atividade no primeiro trimestre e espera um decl�nio anual de 6,3%.


Segundo a Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o volume de transa��es globais registrar� uma "queda de dois d�gitos" em quase todas as regi�es do mundo.


Nesta sexta, os ministros das Finan�as da zona do euro se reuniram virtualmente para discutir sua resposta � crise.


Pioneira no desconfinamento, a �ustria deu um passo simb�lico hoje com a reabertura de seus restaurantes e caf�s.


Fanny e Sophie, duas estudantes de 19 anos, esperavam impacientemente para retomar seus h�bitos no Caf� Goldegg, perto do museu Belvedere.


"Para n�s, foi dif�cil todo esse tempo. Sentimos falta desse caf� e voltaremos assim que poss�vel", disseram, tomando caf� da manh� � mesa.


Uma atmosfera relativamente animada que contrastava com a de Veneza, onde a aus�ncia de turistas fez at� os pombos deixarem a Pra�a de S�o Marcos, na aus�ncia de visitantes para aliment�-los.


"Sem turistas, Veneza � uma cidade morta", disse Mauro Sambo, um gondoleiro de 66 anos.


O Vaticano, por sua vez, anunciou a reabertura da Bas�lica de S�o Pedro, em Roma, ap�s uma desinfec��o completa e respeitando as mesmas normas que nas demais igrejas italianas.


Enquanto isso, a Alemanha se prepara para retomar a liga de futebol neste fim de semana, com partidas a portas fechadas. J� a Eslov�nia, que declarou o "fim" da epidemia em seu territ�rio, anunciou que reabrir� suas fronteiras. Na R�ssia, o campeonato ser� retomado em junho.


E a Irlanda anunciou que come�ar� a flexibilizar progressivamente o seu confinamento a partir da segunda-feira e at� agosto, embora v� impor 14 dias de quarentena aos viajantes estrangeiros.


A Espanha j� come�ou a aplicar a mesma medida, obrigando a quem chega a tomada de temperatura e quarentena volunt�ria de 14 dias.


- "Voltar ao trabalho" -


No entanto, as medidas de distanciamento social ainda est�o em vigor em todo mundo.


Na Fran�a, onde mais de 27.500 mortes foram registradas, os cidad�os v�o poder aproveitar o primeiro fim de semana de desconfinamento para tomar ar e procurar uma �rea verde onde possam respirar.


"Eu realmente preciso me exercitar depois de trabalhar a semana toda em um escrit�rio", disse Sylvie Bosredon, moradora da regi�o de Paris, que planeja dar uma caminhada neste fim de semana entre Fontainebleau e o vale Chevreuse, ao sul da capital, convencida de que o passeio ajudar� a "oxigenar".


O pa�s continua regido por in�meras restri��es, embora muitas praias tenham sido autorizadas a reabrir. O primeiro-ministro, �douard Philippe, convidou a popula��o a come�ar a planejar as f�rias de ver�o.


Al�m disso, o pa�s anunciou nesta sexta-feira a primeira morte de uma crian�a por uma doen�a semelhante � de Kawasaki, que se acredita estar ligada � COVID-19.


A este respeito, a OMS anunciou nesta sexta que investiga o v�nculo entre as doen�as.


"Os relat�rios iniciais indicam que esta s�ndrome pode estar relacionada � COVID-19", anunciou a organiza��o sanit�ria da ONU.


Do outro lado do Atl�ntico, nos Estados Unidos, onde mais de 86.700 mortes foram confirmadas, o presidente Donald Trump convidou os cidad�os a "voltarem ao trabalho". Quase 15% da popula��o ativa est� desempregada, um recorde.


Apesar disso, a confian�a dos consumidores melhorou no in�cio de mar�o nos Estados Unidos, quando os lares receberam ajuda governamental para enfrentar o impacto econ�mico da pandemia, segundo estimativa da Universidade de Michigan, publicada nesta sexta.


Enquanto as praias pr�ximas de Los Angeles reabriram, Nova York, a capital econ�mica do pa�s, permanece paralisada. Com mais de 20.000 mortos, teve o confinamento estendido at� 28 de maio.


"Todas as raz�es pelas quais estamos [em Nova York], os restaurantes, os concertos... Desapareceram", lamentou Hans Robert, um encarregado inform�tico de 49 anos.


- "Genoc�dio" no Brasil -


Na Am�rica Latina, que registrava oficialmente nesta sexta-feira mais de 25.600 mortes e 454.000 casos diagnosticados, o Brasil � o pa�s mais afetado, com quase 15.000 mortes.


Uma crise que levou o ministro da Sa�de, Nelson Teich, a renunciar nesta sexta, alegando "incompatibilidades" com o governo de Jair Bolsonaro, que se op�e a medidas r�gidas de confinamento e promove o uso da cloroquina, segundo fontes do minist�rio � AFP.


Teich ficou ocupou menos de um m�s o cargo, depois de ter substitu�do em 17 de abril Luiz Henrique Mandetta, destitu�do por Bolsonaro, igualmente por discord�ncias sobre o combate � pandemia do coronav�rus.


Em agosto, o Brasil poder� atingir 90.000 mortes devido � pandemia, de acordo com uma proje��o do centro norte-americano que assessora a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS).


A previs�o aponta ainda que, at� l�, M�xico, Peru e Equador atingir�o 6.000 mortes, e a Argentina, 700.


De acordo com Christopher Murray, diretor do Instituto de M�tricas e Avalia��o em Sa�de da Universidade de Washington (IHME), que assessora a OPAS, o Brasil atingir� o pico da epidemia no final de junho, observando que o inverno "provavelmente vai piorar as coisas".


O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou, em entrevista � AFP, que teme que a forte oposi��o do presidente Jair Bolsonaro � aplica��o de medidas de confinamento leve a um "genoc�dio".


- Esperan�a? -


A R�ssia � outro pa�s onde a pandemia � violenta. Cerca de 10.000 novos casos s�o detectados todos os dias, levando a prefeitura de Moscou a anunciar um programa de testes de alcance "�nico" no mundo.


Muitos especialistas desejam saber o verdadeiro balan�o do coronav�rus no mundo, j� que, quando se compara o n�mero de mortes de 2020 ao dos anos anteriores, sem contar as mortes por coronav�rus, o n�mero � muito maior.


Por exemplo, 12.428 pessoas morreram na It�lia de COVID-19 entre 20 de fevereiro e 31 de mar�o. Mas no mesmo per�odo, as autoridades constataram 25.354 mortes a mais que a m�dia dos cinco �ltimos anos.


Na �frica, a pandemia ainda n�o causou o desastre temido e deixou menos de 2.500 mortos. Em em um estudo divulgado nesta sexta-feira, a OMS alertou, por�m, que o continente pode chegar a 190.000 mortes.


Entre dados pessimistas, alguns raios de esperan�a: uma vacina pode estar dispon�vel dentro de um ano, de acordo com um cen�rio "otimista" estabelecido pela Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA).


O presidente americano, Donald Trump, disse esperar um imunizante antes do fim do ano, "talvez um pouco antes".


Mais de 100 projetos foram lan�ados no mundo todo e alguns ensaios cl�nicos est�o em andamento para tentar encontrar um rem�dio para a doen�a.


A Uni�o Europeia insistiu em que a vacina deve ser "um bem de utilidade p�blica", e seu acesso, "justo e universal".



 


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