
Na sexta-feira, no mesmo dia em que a Organiza��o Mundial da Sa�de classificou a Am�rica Latina como novo epicentro do v�rus, dando destaque ao Brasil, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restri��o.
A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos �ltimos 14 dias. A restri��o passa a valer a partir das 23h59, no hor�rio de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no pa�s aqueles que possuem resid�ncia permanente nos EUA, al�m de c�njuges, filhos e irm�os de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto espec�ficos, como os que representam outros governos, tamb�m estar�o exclu�dos da restri��o.
"Hoje o presidente tomou a a��o decisiva para proteger nosso pa�s, ao suspender a entrada de estrangeiros que estiveram no pa�s durante um per�odo de 14 dias antes de buscar a admiss�o nos Estados Unidos", diz um comunicado da secret�ria de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany.
“A a��o de hoje ir� garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil n�o se tornem uma fonte adicional de infec��es em nosso pa�s. Essas novas restri��es n�o se aplicam aos voos comerciais entre os EUA e o Brasil", acrescentou a nota.
Funcion�rios de companhias a�reas e pessoas convidadas pelo governo dos Estados Unidos para ingressar no pa�s tamb�m s�o exce��es no decreto divulgado neste domingo pelo presidente Donald Trump.
Trump j� havia dado ind�cios, h� alguns dias, que tomaria essa decis�o. O presidente americano se mostrou preocupado com o crescimento dos casos de coronav�rus no Brasil. At� esse s�bado, o n�mero de contaminados chegou a 347.398, com 22.013 mortes. (o balan�o deste domingo ser� divulgado �s 19h).
Trump � considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado cr�ticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro que n�o pouparia o pa�s. "Eu n�o quero pessoas entrando e infectando nosso povo", afirmou na ter�a-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes di�rias por Covid-19.
Trump � considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado cr�ticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro que n�o pouparia o pa�s. "Eu n�o quero pessoas entrando e infectando nosso povo", afirmou na ter�a-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes di�rias por Covid-19.
O Brasil � o segundo pa�s do mundo com maior n�mero de contaminados, atr�s apenas dos Estados Unidos, com 1.639.872 casos, dos quais 97.599 resultaram em �bitos.
Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Fl�rida, onde chegam quase metade dos voos hoje em opera��o entre Brasil e EUA, � um Estado-chave para a elei��o presidencial americana, que ocorrer� em novembro.
Atualmente, h� 13 voos semanais em opera��o entre os dois pa�ses, sendo que seis t�m a Fl�rida como destino e outros sete, o Texas. S� a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois pa�ses. Com a restri��o de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida n�o poder�o ingressar nos EUA. A tend�ncia, portanto, � que o n�mero de voos seja ainda mais reduzido.
Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na pr�tica, no entanto, a diplomacia do pa�s atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de neg�cios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Fl�rida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que est�o nos EUA e para o transporte de cargas. Forster tamb�m se colocou � disposi��o de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Seguran�a Nacional para compartilhar informa��es sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.
Na manh� deste domingo, 24, o Conselheiro de Seguran�a Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista � rede de TV CBS News que a ideia � "proteger o povo americano" e a expectativa � de que a decis�o seja tempor�ria. "Esperamos que seja tempor�rio, mas em raz�o da situa��o no Brasil iremos tomar todos os passos necess�rios para proteger o povo americano", afirmou O’Brien.
As restri��es impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia est� sendo controlada.
Fl�rida
O prefeito de Miami, Francis Su�rez, foi um dos que defenderam abertamente o bloqueio dos voos. O Brasil � considerado um epicentro da pandemia, com trajet�ria de r�pido crescimento dos casos.Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Fl�rida, onde chegam quase metade dos voos hoje em opera��o entre Brasil e EUA, � um Estado-chave para a elei��o presidencial americana, que ocorrer� em novembro.
Atualmente, h� 13 voos semanais em opera��o entre os dois pa�ses, sendo que seis t�m a Fl�rida como destino e outros sete, o Texas. S� a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois pa�ses. Com a restri��o de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida n�o poder�o ingressar nos EUA. A tend�ncia, portanto, � que o n�mero de voos seja ainda mais reduzido.
Brasil tamb�m restriungiu estrangeiros
O governo brasileiro adotou uma restri��o geral � entrada de estrangeiros. Em 27 de mar�o, editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros que chegassem ao pa�s. Em 22 de maio, uma nova portaria renovou esta limita��o, que vale para todas as nacionalidades e tem exce��es semelhantes �s previstas pelo governo americano.Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na pr�tica, no entanto, a diplomacia do pa�s atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de neg�cios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Fl�rida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que est�o nos EUA e para o transporte de cargas. Forster tamb�m se colocou � disposi��o de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Seguran�a Nacional para compartilhar informa��es sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.
Bloqueios de Trump
Esta � a quarta vez que Trump decide restringir o ingresso ao pa�s para conter o avan�o do v�rus. O primeiro bloqueio foi imposto em 31 de janeiro sobre a China. Na sequ�ncia, os EUA limitaram a entrada de passageiros vindos do Ir�, em fevereiro, e da Uni�o Europeia, Irlanda e Reino Unido, em duas decis�es tomadas em mar�o.Na manh� deste domingo, 24, o Conselheiro de Seguran�a Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista � rede de TV CBS News que a ideia � "proteger o povo americano" e a expectativa � de que a decis�o seja tempor�ria. "Esperamos que seja tempor�rio, mas em raz�o da situa��o no Brasil iremos tomar todos os passos necess�rios para proteger o povo americano", afirmou O’Brien.
As restri��es impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia est� sendo controlada.