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Estado de Minas

Confer�ncia re�ne US$ 653 mi para ajudar pa�ses que acolhem imigrantes venezuelanos


postado em 26/05/2020 21:55

Em meio � luta contra o novo coronav�rus, a comunidade internacional comprometeu nesta ter�a-feira 653 milh�es de d�lares em doa��es para ajudar os pa�ses da Am�rica Latina na "acolhida generosa" de milh�es de cidad�os que deixaram a Venezuela.

"Podemos nos orgulhar do que alcan�amos", enfatizou a ministra das Rela��es Exteriores da Espanha, Arancha Gonz�lez Laya, especificando que a contribui��o total, incluindo empr�stimos, � de US$ 2,79 bilh�es.

A Uni�o Europeia (UE) e a Espanha, com o apoio das ag�ncias da ONU para os refugiados (Acnur) e de Migra��es (OIM), convocaram a confer�ncia de doadores para ajudar na segunda maior crise de deslocados, atr�s da que acontece na S�ria.

A Venezuela vive uma grave crise socioecon�mica, institucional e pol�tica desde 2015. Desde ent�o, mais de 5 milh�es de pessoas abandonaram o pa�s, em sua maioria buscando pa�ses vizinhos, segundo dados da ONU.

"A Am�rica Latina e o Caribe responderam desde o in�cio com solidariedade, hospitalidade e generosidade", assinalou Antonio Vitorino, diretor-geral da OIM, que havia pedido aos doadores que estivessem "� altura do desafio".

No entanto, "a conjuntura complexa da COVID-19 complicou esta situa��o", nas palavras do ministro das Rela��es Exteriores do Peru, Gustavo Meza-Cuadra, que, em outubro, com os colegas latino-americanos, solicitou o apoio internacional.

O Canad�, que se ofereceu para sediar a pr�xima confer�ncia de doadores, bem como Estados Unidos, Uni�o Europeia, Jap�o, Coreia do Sul e Emirados �rabes, entre outros, al�m de institui��es financeiras internacionais, responderam participando.

O alto comiss�rio da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, estimou que, uma vez revisados os novos an�ncios, poderia ser coberta metade do 1,4 bilh�o de d�lares em ajuda necess�rios em 2020 para os pa�ses que acolhem os imigrantes.

Do montante total, quase 430 milh�es seriam destinados a a��es sanit�rias relacionadas � luta contra o novo coronav�rus, que atinge com for�a a Am�rica Latina e o Caribe, com mais de 41 mil mortos e 770 mil casos.

- 'Estrat�gia de distra��o' -

O novo coronav�rus complica os esfor�os de atendimento aos imigrantes na regi�o, enquanto, na Venezuela, continua a disputa entre o presidente Nicol�s Maduro e o l�der opositor Juan Guaid�. A economia da Col�mbia, pa�s que abriga 1,8 milh�o de venezuelanos, por exemplo, encolher� 2,4% em 2020, segundo o Fundo Monet�rio Internacional.

O Acnur e a OIM estimam que a Col�mbia precisar� de US$ 782 milh�es em 2020 para os imigrantes e comunidades de acolhimento, mais do que Equador (208 milh�es), Peru (149), Brasil (88) e Chile (35 milh�es).

O desemprego gerado pelas medidas para conter a pandemia e o temor de serem alvo de discrimina��o fizeram com que centenas de emigrantes decidissem retornar � Venezuela, apesar das restri��es na fronteira.

Neste sentido, o chanceler Jorge Arreaza, para quem a confer�ncia responde a uma "estrat�gia de distra��o" de Estados Unidos e Uni�o Europeia (UE), disse no �ltimo domingo que o dinheiro deveria ser destinado aos venezuelanos que retornarem ao pa�s.

Nesta ter�a, Maduro insistiu nisso.

"� um clube de fraudadores, que usam o tema da migra��o para falar mal da Venezuela e juntar dinheiro para roub�-lo", disse Maduro, referindo-se ao presidente da vizinha Col�mbia, Iv�n Duque, e ao Grupo de Lima.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, n�o descartou que parte da verba se destine ao interior daquele pa�s, mas com o interm�dio de �rg�os da ONU, para contar com "todas as garantias".

- 'Um regime criminoso' -

O evento acontece em meio � tens�o bilateral com os Estados Unidos devido a den�ncias de tentativa de invas�o da Venezuela pelo mar - pela qual Caracas responsabiliza tamb�m Guaid� e a Col�mbia - e � aproxima��o entre Venezuela e Ir�.

A situa��o pol�tica foi mencionada no evento. A UE e a Santa S�, entre outros, repetiram seu chamado ao di�logo, enquanto Col�mbia, Equador e Estados Unidos se voltaram contra Maduro.

"Se a ditadura n�o terminar rapidamente na Venezuela, esta situa��o ir� se agravar", assinalou o presidente colombiano, Iv�n Duque, que defendeu um governo de transi��o e elei��es urgentes no pa�s vizinho.

Para o secret�rio-geral da OEA, Luis Almagro, "a Venezuela sofre com um regime criminoso", motivo pelo qual ter�o que continuar as confer�ncias de doadores, "enquanto durar a ditadura".


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