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Estado de Minas

Cientistas pedem acesso a dados do estudo sobre hidroxicloroquina na The Lancet


postado em 28/05/2020 14:31

Cientistas de v�rios pa�ses pediram maior acesso aos dados utilizados por um amplo estudo publicado no peri�dico "The Lancet" sobre hidroxicloroquina, que destacou o risco dessa mol�cula para o tratamento do novo coronav�rus.

Publicado em 22 de maio no prestigiado peri�dico m�dico, o estudo se baseia em dados de cerca de 96.000 pacientes internados entre dezembro e abril em 671 hospitais em todo mundo e compara a evolu��o daqueles que receberam esse tratamento e dos que n�o.

Seus autores conclu�ram que a hidroxicloroquina n�o apenas n�o � ben�fica, como aumenta o risco de morte entre os pacientes com COVID-19.

� luz desse estudo, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) decidiu suspender temporariamente os ensaios cl�nicos com hidroxicloroquina em v�rios pa�ses.

Mas de onde vem essa montanha de informa��es? � o que perguntam muitos cientistas, que pedem acesso aos dados brutos.

"Podem dar os nomes dos hospitais canadenses que voc�s afirmam que contribu�ram para que os dados possam ser verificados de forma independente?", pediu Todd Lee, especialista em doen�as infecciosas da Universidade McGill do Canad�, ontem, pelo Twitter.

Em um blog da Columbia University dedicado � modelagem, o estat�stico Andrew Gelman cita supostos limites metodol�gicos do estudo e afirma "ter enviado um e-mail para pedir os dados", sem sucesso.

Na Fran�a, o dr. Didier Raoult, um grande defensor da hidroxicloroquina, criticou o estudo, enquanto outros m�dicos e pesquisadores expressaram suas d�vidas, como o cardiologista Florian Zores, que apontou no Twitter a "falta" de alguns dados.

V�rios pesquisadores australianos expressaram a mesma opini�o, principalmente devido �s diferen�as entre os dados oficiais do pa�s e os do estudo, segundo o jornal brit�nico "The Guardian".

Os dados s�o da Surgisphere, que se apresenta como uma empresa de an�lise de dados de sa�de sediada nos EUA. Seu presidente, o m�dico Sapan Desai, � um dos autores do estudo.

Em um comunicado, a Surgisphere defendeu a veracidade de seus dados e afirmou que eles v�m de hospitais que colaboram com sua empresa.

Mas "nossos acordos de uso de dados n�o nos permitem public�-los", acrescenta a empresa, que destaca j� ter indicado claramente que o estudo tem "limites".

Segundo o "Guardian", Desai reconheceu ter classificado erroneamente 73 mortes na Austr�lia, quando elas deveriam ter sido contadas na �sia.

Como muitos de seus colegas, o m�dico franc�s Gilbert Deray, do hospital parisiense Piti�-Salp�tri�re, considerou no Twitter, nesta quinta-feira, que "isso n�o muda em nada a aus�ncia de dados s�rios sobre a efic�cia da hidroxicloroquina" e pediu que se d� continuidade aos "testes cl�nicos aleat�rios".


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