
A noite de quinta-feira (28) foi a terceira consecutiva de protestos. Manifestantes invadiram uma delegacia e incendiaram carros e m�veis. Diversas lojas foram saqueadas. Um jornalista negro da rede americana CNN foi detido por cobrir as manifesta��es. “� triste. � uma situa��o muito at�pica e muito triste. Sinto que as pessoas entendem o quanto o racismo estrutural est� imposto e por isso se manifestam. Todos n�s queremos justi�a”, diz a mineira.
De acordo com J�nia, apesar das imagens de caos, a maioria das manifesta��es na cidade s�o pac�ficas. “A maioria dos protestos acontecem no Sul da cidade, e a grande maioria � pac�fica e civil. Sinto que existe esse sentimento de indigna��o. A grande maioria das pessoas s�o brancas, mas conseguem entender o sistema de opress�o em que vivemos”, conta.
Pandemia e manifesta��es
A epidemiologista se mudou com o marido para os Estados Unidos em 2011 e agora faz doutorado em epidemiologia na Escola de Sa�de Publica da Universidade de Minnesota.
Ela compartilha tamb�m dados sobre a pandemia do novo coronav�rus. De acordo com relato do governo americano, o estado possui 967 mortos e 22,947 infectados. Os Estados Unidos acumulam at� a tarde desta sexta-feira (29) 103,460 mortes e 1,766,858 infectados. “Pelo o estado ter menores n�meros, o governador j� organiza a reabertura. Apesar disso, as m�scaras s�o obrigat�rias”, conta.
Ela compartilha tamb�m dados sobre a pandemia do novo coronav�rus. De acordo com relato do governo americano, o estado possui 967 mortos e 22,947 infectados. Os Estados Unidos acumulam at� a tarde desta sexta-feira (29) 103,460 mortes e 1,766,858 infectados. “Pelo o estado ter menores n�meros, o governador j� organiza a reabertura. Apesar disso, as m�scaras s�o obrigat�rias”, conta.
Junia tamb�m explica que o coronav�rus n�o foi capaz de impedir as manifesta��es. “As pessoas est�o saindo usando m�scaras, em grande maioria, mas o isolamento social, este fica um pouco comprometido”, explica. Mesmo assim, ela faz um alerta. "Come�amos o isolamento muito cedo, por isso esse clima mais leve e menos casos", explica.
A mineira ainda conta sobre a vida na cidade. De acordo com ela, Minneapolis � uma cidade tranquila, mesmo depois das manifesta��es. “Eu me sinto segura onde moro. E estou trabalhando de casa, por conta do v�rus. Mas � triste, porque o sentimento � igual ao de todo mundo. A justi�a precisa ser botada em pr�tica”, afirma.

Marcas do passado
A morte de George Floyd relembrou aos americanos o epis�dio Eric Garner. O jovem negro morreu a ser preso em 2014, em Nova York. Garner repetiu "N�o consigo respirar" 11 vezes. Ele foi preso desarmado, suspeito pela pol�cia de vender ilegalmente cigarros soltos. A frase "n�o consigo respirar", repetida por Eric Garner em 2014 antes de morrer, tornou-se um grito de guerra para ativistas que protestam contra brutalidade policial contra negros.Na quinta-feira, a morte de George Floyd motivou protestos em outras cidades norte-americanas, como Nova York. Os manifestantes se reuniram na Union Square, em Manhattan, repetiram a frase "n�o consigo respirar". Al�m deste, houve registro de manifesta��es tamb�m em Denver (Colorado), Los Angeles (Calif�rnia), Chicago (Illinois), Phoenix (Arizona) e Memphis (Tennessee).
Al�m disso, Derek Chauvin, policial branco envolvido na morte, foi preso em Minneapolis durante a tarde. Segundo informa��es divulgadas pela BBC, Derek � um dos 4 policiais que foram afastados da corpora��o ap�s a morte de George Floyd. Vale relembrar que foi ele que foi filmado imobilizando Floyd com o joelho, enquanto ignorava as s�plicas da v�tima e das testemunhas que assistiram ao assassinato.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a