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Estado de Minas

Empresas americanas s�o cobradas por posi��o anti-racismo para al�m das palavras


postado em 02/06/2020 18:43

Enquanto os Estados Unidos lidam com dist�rbios pela desigualdade racial que impera no pa�s, suas grandes empresas s�o objeto de apelos para que combatam o racismo com a��es, e n�o apenas palavras.

As empresas devem ir al�m do que simplesmente denunciar o racismo para estar de acordo com o momento, disse o diretor-executivo da Merck, Ken Frazier.

"As pessoas fazem declara��es, dizem que isso � terr�vel", mas a "quest�o fundamental � se estamos fazendo mais do que nos pedem para dar �s pessoas todas as ferramentas para participar dessa sociedade", disse Frazier esta semana � CNBC.

Os protestos maci�os motivados pelo assassinato de um homem negro por um policial branco na �ltima semana em Minneapolis colocou a desigualdade social em xeque no pa�s mais afetado pela pandemia do novo coronav�rus em todo o mundo.

Muitas grandes empresas emitiram comunicados criticando a discrimina��o e algumas, como a Apple e o Bank of America, fizeram doa��es para apoiar grupos defensores das liberdades civis ou programas de ajuda aos setores desfavorecidos.

A profunda e hist�rica desigualdade nos EUA persiste tanto na sociedade como nas grandes empresas.

Um relat�rio de 2019 do Boston Consulting Group revelou que apenas tr�s das 500 maiores empresas americanas eram lideradas por negros e apenas 24 por mulheres.

Em 2018, a renda m�dia de uma fam�lia branca padr�o nos Estados Unidos era de US$ 70.642 por ano, contra US$ 41.692 para uma fam�lia afro-americana, segundo dados do Institute for Economic Policy, um 'think tank' progressista.

Frazier, o �nico CEO negro de uma empresa que integra o Dow Jones Index, atribui seu sucesso a uma iniciativa educacional que levou um punhado de estudantes negros da Filad�lfia �s melhores escolas da cidade.

A contrata��o e a promo��o de afrodescendentes e latinos � essencial para combater a desigualdade, e as empresas n�o devem esperar o incentivo do Estado para isso, disse ele.

"Nossa sociedade est� mais dividida do que nunca", disse Frazier.

"Vivemos em nossos pr�prios ambientes fechados. De fato, pode-se dizer que o ambiente de trabalho � o �nico lugar, al�m do servi�o militar e talvez em pr�ticas esportivas, onde as pessoas n�o podem escolher com quem interagem", disse ele.

- Preencher o v�cuo -

Especialistas em marketing acreditam que as empresas que agem em conson�ncia com a pauta s�o recompensadas.

"O setor empresarial tem a oportunidade de preencher o vazio deixado pelo governo", disse Richard Edelman, chefe de uma empresa de comunica��o corporativa.

"N�o precisa apenas se comunicar, � preciso agir", acrescentou Edelman, citando a contrata��o de pessoas de grupos minorit�rios ou dando emprego a pessoas que foram presas.

Outras medidas concretas incluem o apoio a start-ups afro-americanas e latinas, e a contrata��o de altos executivos em conselhos de administra��o de grupos comunit�rios, al�m de organiza��es n�o governamentais que apoiem setores desfavorecidos.

Especialistas pedem que as grandes empresas imitem a "Regra Rooney" da Liga Nacional de Futebol, que exige que as equipes entrevistem candidatos das minorias para cargos gerenciais e altos cargos operacionais quando vagas forem ofertadas.

"H� v�rias empresas que querem se tornar refer�ncia", disse Hank Boyd, professor de marketing da Universidade de Maryland. "Devem atuar, devem agir de forma r�pida".

"Houve um tempo em que um bom n�mero de empresas disse que queria estar � parte dos conflitos: 'n�o vamos nos envolver, somos a Su��a'", ressaltou Boyd.

Mas eles n�o podem mais fazer isso: "As marcas de hoje precisam se posicionar".


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