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Estado de Minas

Pandemia acelera recurso � telemedicina no mundo


postado em 03/06/2020 11:19

Com a pandemia, uma mudan�a prevista para os pr�ximos anos se concretizou em poucas semanas: o recurso � telemedicina acelerou no mundo, gra�as �s novas tecnologias e � impossibilidade de sair de casa durante o confinamento.

As consultas m�dicas por meio de um aplicativo de v�deo no computador, ou no smartphone, aumentaram, especialmente as de cl�nica geral, cujos profissionais enfrentaram em muitos pa�ses uma escassez de material de prote��o.

"A medicina geral viveu mudan�as significativas na forma como os m�dicos tratam os pacientes durante a epidemia. � not�vel a rapidez com que as mudan�as aconteceram", diz � AFP Martin Marshall, presidente do Royal College of General Practitioners, organismo brit�nico de m�dicos generalistas.

Com o avan�o da pandemia, as regras nacionais foram adaptadas em muitos pa�ses para permitir as consultas a dist�ncia.

Na Fran�a, onde esta pr�tica coberta pela Previd�ncia Social desde o fim de 2018 n�o conseguia emplacar, o n�mero de teleconsultas subiu de 10.000 por semana no in�cio de mar�o para quase meio milh�o em meados de maio, com um pico de 1,1 milh�o durante a segunda semana de abril.

A tend�ncia prosseguiu mesmo depois do fim do confinamento, de acordo com o organismo de Seguridade Social Assurance Maladie.

As teleconsultas permitem, sobretudo, reduzir o tempo de espera nas consultas f�sicas, onde os prazos aumentaram, devido �s novas medidas de higiene e aos atrasos acumulados durante o confinamento.

Nos Estados Unidos, v�rias restri��es sobre a pr�tica foram suspensas, assim como algumas regras de prote��o de dados.

De acordo com Layla McCay, da NHS Confederation, organismo vinculado ao sistema brit�nico de sa�de p�blica, a maior parte de 1,2 milh�o de consultas di�rias para tratamentos b�sicos aconteceu a dist�ncia durante o confinamento no Reino Unido, uma mudan�a que ocorreu no prazo de poucas semanas.

- "Um desastre" -

A revolu��o aconteceu com alguns problemas.

"Minha primeira consulta por v�deo foi um desastre. Havia oper�rios perfurando uma parede, o microfone deu problema, um colega entrou no consult�rio", recordou a a doutora Camille Gajria, que � professora da Imperial College de Londres, em entrevista ao "British Medical Journal".

Uma teleconsulta pode ser eficaz, mas � preciso ter cuidado com os erros de interpreta��o, que podem acontecer com mais facilidade a dist�ncia, destaca a m�dica.

A epidemia do novo coronav�rus tamb�m estimulou a telemedicina na �ndia, pa�s com a m�dia de 8,6 m�dicos para cada 10.000 habitantes - dados da OMS de 2018. A maioria dos profissionais de sa�de se concentra nas cidades, enquanto 70% da popula��o vive no campo.

Ayush Mishra, fundador da empresa de telemedicina Tattvan, explica que a epidemia convenceu o governo a flexibilizar as regras sobre esta pr�tica.

O empres�rio, que perdeu uma perna em um acidente de moto por falta de atendimento adequado, tem atualmente 18 centros de teleconsultas no pa�s e espera abrir outros rapidamente.

"Temos que oferecer este acesso, � um direito fundamental", diz Mishra � AFP, em refer�ncia � maioria dos indianos que moram afastados dos grandes centros urbanos.

Mas as teleconsultas, que usam dispositivos conectados � Internet, como term�metros e aparelhos para verificar a press�o, tamb�m t�m seus limites, j� que muitos gestos necess�rios para um exame devem ser feitos de maneira presencial, enfatiza Martin Marshall.

Apesar das dificuldades, a era da telemedicina come�ou, destaca McCay.

"Nossos membros dizem que a experi�ncia mudou sua maneira de ver as coisas. M�dicos que antes estavam relutantes, agora percebem os benef�cios que podem obter. N�o haver� retorno", prev�.


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