
A opera��o para desmontar o andaime de Notre-Dame de Paris, instalado antes do inc�ndio devastador de 2019, come�ou nesta segunda-feira (8), uma das etapas mais importantes e perigosas do projeto de reconstru��o da catedral.
Os oper�rios utilizaram um elevador para chegar ao local.
"Em uma opera��o como esta, � como um foguete antes de decolar, precisamos checar tudo antes da chegada na ter�a-feira dos profissionais que desmontar�o o andaime", disse Christophe Rousselot, delegado geral da Funda��o Notre-Dame.
"Um dos pontos cruciais � a estabilidade da ab�bada. Quando estiver resolvido, ficaremos aliviados porque a catedral estar� a salvo", disse Rousselot, para quem a desmontagem � uma opera��o "muito sens�vel, muito complicada, com um fator de risco significativo".
Fotos: Veja como ficou a catedral depois do inc�ndio
"Poderiam cair peda�os do andaime, o que fragilizaria parte da catedral", completou.
O andaime est� constitu�do por 40.000 pe�as e pesa 200 toneladas, metade a mais de 40 metros de altura.
Foi instalado para restaurar a torre da catedral g�tica e resistiu ao desabamento da joia arquitet�nica de quase 100 metros de altura durante o inc�ndio de 15 de abril de 2019, mas foi deformado pelo calor.
Em um primeiro momento foi sustentado com vigas de metal para evitar o desmoronamento. Depois foi instalado um segundo andaime.
A partir de agora, "duas equipes de cinco profissionais far�o um rod�zio para cortar, com a ajuda de serras, os tubos de metal", afirmou Rousselot.
A opera��o deve prosseguir durante os pr�ximos meses.
As obras de restaura��o de Notre-Dame, um dos s�mbolos de Paris e o segundo monumento hist�rico mais visitado da Europa, foram interrompidas em v�rias ocasi�es, por diversos motivos como as chuvas, o risco de contamina��o por chumbo e a epidemia de coronav�rus.
As obras foram retomadas no fim de abril.
A como��o planet�ria provocada pelo inc�ndio resultou em promessas de mais de 900 milh�es de euros para a reconstru��o.
O presidente Emmanuel Macron afirmou que as obras devem terminar em 2024.
Mas at� o momento n�o foi decidido como ficar� a catedral restaurada.
De um lado est�o os partid�rios de uma reconstru��o id�ntica da agulha projetada pelo arquiteto Viollet-le-Duc no s�culo XIX; do outro os que preferem imprimir "um gesto arquitet�nico contempor�neo", como defende Macron.
N�o faltam ideias originais: uma torre de vidro, um jardim ecol�gico sobre o telhado ou at� um terra�o panor�mico para os turistas.
O arquiteto respons�vel pelas obras, Philippe Villeneuve, defende uma reconstru��o fiel � catedral original, o que permitiria cumprir com os prazos previstos.
A respeito das causas do inc�ndio, que al�m da agulha devastou o teto de madeira da catedral, a Promotoria de Paris privilegia a hip�tese de acidente, como uma problema el�trico ou um cigarro mal apagado.
A investiga��o n�o permitiu elucidar at� o o momento as circunst�ncias exatas e os tr�s ju�zes de instru��o respons�veis pelo caso ainda compilam informa��es, em especial sobre a zona de origem das chamas, dificilmente acess�vel.