Um tribunal sul-coreano se recusou nesta segunda-feira (8) a prender o herdeiro da gigante Samsung, Lee Jae-yong, como exigia a procuradoria, por causa de uma fus�o controversa de duas filiais do grupo.
Ap�s uma audi�ncia de nove horas, um tribunal de Seul rejeitou o pedido da procuradoria, considerando que n�o havia raz�es suficientes para a pris�o, noticiou a ag�ncia de not�cias sul-coreana Yonhap.
Vestindo terno escuro e usando uma m�scara facial devido para evitar o cont�gio pelo coronav�rus, o herdeiro do maior conglomerado da Coreia do Sul n�o respondeu �s perguntas dos jornalistas em sua chegada ao tribunal.
O Minist�rio P�blico de Seul anunciou na quinta-feira que havia solicitado um mandado de pris�o para Lee Jae-yong, suspeito de manipula��o de pre�os durante a controversa fus�o de duas unidades da Samsung - Cheil Industries e C&T; - em 2015.
Alguns acionistas denunciaram esta opera��o, capital para a sucess�o � frente do grupo, porque consideram que a C&T; foi intencionalmente subvalorizada. O Fundo Nacional de Pens�es, um grande acionista da Samsung sob a tutela do Minist�rio dos Assuntos Sociais, a apoiou.
Lee Jae-Yong, neto do fundador da Samsung, tornou-se o chefe de fato do grupo ap�s o ataque card�aco sofrido por seu pai em 2014.
Lee era o acionista majorit�rio da Cheil Industries. Os mais cr�ticos � fus�o dizem que a Samsung tentou reduzir artificialmente o pre�o da C&T; a fim de aumentar sua participa��o na nova entidade nascida da fus�o das duas. Isso teria lhe permitido consolidar seu controle sobre o conglomerado.
Em um comunicado, o grupo considerou as suspeitas de manipula��o de pre�os "infundadas" e acrescentou que Lee n�o se envolveu em "nenhuma atividade ilegal".
Lee, vice-presidente da Samsung Electronics, tamb�m est� sendo julgado novamente por corrup��o no esc�ndalo que levou � remo��o e condena��o da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye.
No come�o de maio, Lee Jae-yong se desculpou pelos esc�ndalos e casos que afetaram a maior fabricante de smartphones do mundo.
O grupo foi fundado em 1938 pelo av� de Lee Jae-yong, que prometeu que seria o �ltimo na linha de sucess�o familiar.
Em 2017, foi condenado a cinco anos de pris�o pelo esc�ndalo de corrup��o no qual esteve envolvida Park Geun-hye. O dirigente de 51 anos foi libertado um ano depois, mas o caso est� sendo julgado novamente.
O volume de neg�cios do grupo Samsung representa um quinto do PIB da Coreia do Sul, a 12� economia mundial.