A revista brit�nica Nature se juntou, nesta quarta-feira (10), � greve mundial de acad�micos contra o racismo em institui��es cient�ficas, ao mesmo tempo em que entoou seu "mea-culpa" na constru��o do preconceito, no �mbito dos protestos que seguiram � morte de George Floyd.
"A Nature se op�e a todos os tipos de racismo e nos juntamos a outros no mundo para dizer, inequivocamente, 'Black lives matter'", disse a prestigiada publica��o em um editorial publicado em seu site.
"Admitimos que a Nature � uma das institui��es brancas respons�veis pelo preconceito na pesquisa e no trabalho acad�mico. O mundo da pesquisa cient�fica tem sido e continua sendo c�mplice no racismo sist�mico e deve fazer mais para corrigir essas injusti�as e abrir espa�o para vozes marginalizadas".
A revista cient�fica se uniu � greve batizada #ShutDownStem, lan�ada nas universidades e organiza��es cient�ficas americanas e, nesta quarta-feira, publicar� apenas "conte�do diretamente relevante para apoiar os negros nas universidades e as STEM (ci�ncias, tecnologia, engenharia e matem�ticas)", de acordo com o editorial.
"Como membros da comunidade universit�ria mundial e das STEM, temos uma obriga��o �tica de parar de fazer como se nada tivesse acontecido", escreveram seus promotores, pertencentes ao campo de pesquisa americana, no site do movimento.
"Nossos documentos de pesquisa se transformam em press releases, livros e leis que refor�am discursos antinegros. No campo das STEM, criamos tecnologias que atingem toda sociedade e s�o, frequentemente, usadas como armas contra os negros", acrescentam os militantes da #ShutDownStem.
A revista Nature tamb�m anunciou que publicar� uma edi��o especial sobre "Racismo sist�mico na pesquisa, na pol�tica de pesquisa e na edi��o" em sua publica��o.