Cerca de 70.000 empregos no setor a�reo brit�nico est�o sob amea�a nos pr�ximos dois a tr�s meses, como resultado da pandemia de coronav�rus, uma reestrutura��o compar�vel � das minas de carv�o na d�cada de 1980 - aponta um estudo divulgado nesta quarta-feira (10).
As companhias a�reas poder�o destruir cerca de 39.000 empregos diretos no trimestre atual, e outros 30.000 indiretos est�o em risco na cadeia de abastecimento, alerta o estudo da New Economics Foundation (NEF), feito em colabora��o com a confedera��o sindical TUC, sindicatos setoriais e grupo ecologista Possible.
A pandemia levou muitos pa�ses a fecharem suas fronteiras e a imporem medidas de confinamento, provocando um colapso do transporte a�reo e bilh�es de d�lares em perdas para as companhias do setor.
Este estudo considera improv�vel que o emprego na avia��o "volte em algum momento aos n�veis anteriores � crise da sa�de", em parte devido � crescente automa��o de muitas fun��es nesse setor e � redu��o dos servi�os de atendimento ao cliente.
Em 2014, sete anos ap�s a crise financeira anterior, o n�mero de passageiros havia voltado aos n�veis precedentes � crise. J� o emprego no setor caiu 17%, embora tenha aumentado desde ent�o, gra�as ao crescimento do tr�fego a�reo.
At� o momento, a British Airways anunciou 12.000 demiss�es por causa do coronav�rus. Ryanair e Virgin Atlantic preveem um corte de 3.000 vagas, e a easyJet, de 4.500, enquanto o fabricante de motores de aeronaves Rolls-Royce planeja reduzir sua for�a de trabalho em cerca de 9.000 funcion�rios.
Nesse contexto, o estudo considera mais �teis as ajudas � convers�o do que a concess�o de novos empr�stimos de recursos p�blicos �s companhias a�reas, que "se somariam a um fundo comum de 7 bilh�es de libras anuais em redu��es de impostos concedidas pelo ministro das Finan�as �s companhias a�reas e a seus ricos acionistas, na forma de isen��es de IVA e dos impostos sobre combust�veis".
O documento lembra que, recentemente, a British Airways recebeu um empr�stimo do governo de 300 milh�es de libras, e a easyJet, de 600 milh�es de libras. Al�m disso, nos �ltimos cinco anos, os acionistas do IAG, grupo propriet�rio da British Airways e da Iberia, entre outras companhias a�reas, "recebeu mais de 3,4 bilh�es de libras em dividendos e recompra de a��es".