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Estado de Minas

As raz�es do elevado balan�o de v�timas da COVID-19 no Reino Unido


postado em 15/06/2020 09:19

O importante balan�o de v�timas do novo coronav�rus no Reino Unido, com quase 42.000 mortos, alimenta d�vidas e cr�ticas, embora o governo afirme que tomou as "decis�es corretas no momento correto".

A seguir as principais raz�es do balan�o:

- Confinamento tardio

O governo do primeiro-ministro Boris Johnson teria demorado para decretar o confinamento, o que aconteceu em 23 de mar�o.

Um dos epidemiologistas mais reconhecidos do Reino Unido, o professor Neil Ferguson, anunciou em 10 de junho uma estimativa segundo a qual o confinamento uma semana antes teria reduzido "ao menos � metade o n�mero final de mortos".

Neste per�odo, "a epidemia dobrava a cada tr�s, ou quatro dias".

"Subestimamos claramente a que ponto este pa�s estava na epidemia", afirmou o cientista, que teve de renunciar em maio a seu posto no conselho cient�fico que assessorava o governo por ter recebido visitas, uma viola��o do confinamento.

"Os pa�ses que conseguiram conter a epidemia foram os que adotaram medidas em um est�gio precoce", declarou recentemente � AFP o professor de Sa�de P�blica Europeia Martin McKee, da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

"Na Europa, por exemplo, podemos ver que pa�ses como �ustria, Rep�blica Tcheca, ou Eslov�quia, atuaram rapidamente quando tinham apenas alguns casos, enquanto o Reino Unido demorou consideravelmente para adotar as medidas".

Para o diretor do Instituto Rosalind Franklin da Universidade de Oxford, James Naismith, "durante a fase exponencial (...), alguns dias podem representar uma grande diferen�a".

"Assim como outros pa�ses, o Reino Unido demorou a entender realmente o alcance da infec��o e, por consequ�ncia, foi lento para agir", completou.

- Casos importados n�o detectados

No in�cio da epidemia, o Reino Unido calculava que dois ter�os dos casos importados n�o foram detectados.

De acordo com o professor Ferguson, levando-se em considera��o os conhecimentos acumulados desde ent�o, "provavelmente 90% dos casos importados" n�o foram detectados.

De acordo com os dados oficiais, apenas 273 das 18,1 milh�es de pessoas que entraram no Reino Unido de avi�o nos tr�s meses anteriores ao confinamento respeitaram uma quarentena.

Na �poca, os viajantes que entravam no territ�rio brit�nico recebiam um folheto que explicava os sintomas da doen�a e o processo a seguir em caso de suspeita.

Um estudo do cons�rcio que re�ne cientistas das universidades de Oxford, Edimburgo e Birmingham mostra que quase dois ter�os dos casos no Reino Unido procedem da Fran�a e da Espanha.

Ao rastrear a marca gen�tica do v�rus, os cientistas calculam que 34% dos casos detectados no Reino Unido procedem da Espanha, 29% da Fran�a, 14% da It�lia e 23% do restante do mundo (menos de 0,1% da China).

Desde 8 de junho, os passageiros, residentes ou n�o no Reino Unido, que chegam ao pa�s devem ser submetidos a uma quarentena obrigat�ria de 14 dias, uma medida muito criticada pelos setores do transporte a�reo e do turismo.

O conselheiro cient�fico do governo, Patrick Vallance, reconheceu que a decis�o de impor a quarentena era mais pol�tica que cient�fica.

- Casas de repouso

Entre um ter�o e metade das mortes relacionadas com a COVID-19 afetam as casas de repouso.

Um relat�rio do National Audit Office, organismo parlamentar independente, aponta que 25.000 pacientes passaram dos hospitais �s casas de repouso no pico da pandemia, entre meados de mar�o e meados de abril. Como n�o foram submetidos a testes, n�o � poss�vel saber se tinham, ou n�o, o v�rus.

"Simplesmente escandaloso", denunciou uma diretora do sindicato Unison, Christina McAnea, ao afirmar que a transfer�ncia "acelerou a propaga��o do v�rus em um grupo evidentemente de alto risco".

O governo se defende e alega que tais estabelecimentos se tornaram "priorit�rios" desde o in�cio da crise.

O professor Ferguson destaca que a taxa de infec��o nas casas de repouso foi "provavelmente quatro vezes mais elevada" do que entre a popula��o em geral.


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