A China, que havia controlado amplamente a epidemia, teme uma nova onda de cont�gios. Nos �ltimos cinco dias, houve mais de 100 pessoas infectadas em Pequim. A situa��o da epidemia na capital chinesa � “extremamente grave”, alertaram as autoridades. Para conter o surto na capital de 21 milh�es de habitantes, a prefeitura pediu aos cidad�os, ontem, que evitem viagens “n�o essenciais” e aqueles que vivem em �reas de “alto ou m�dio risco” de infec��o foram totalmente proibidos de sair da cidade. Eles tamb�m anunciaram o fechamento de todas as escolas, faculdades e universidades, a maioria j� reaberta.
A Organiza��o Mundial da Sa�de observa a China com cuidado e falou em enviar especialistas diante do temor de uma segunda onda epid�mica. Autoridades de Pequim adotaram medidas para tentar conter um novo surto de coronav�rus na capital chinesa. “Qualquer pessoa que precise deixar Pequim ter� que entregar um certificado provando que testou negativo para a doen�a nos �ltimos sete dias”, informou o subsecret�rio-geral da prefeitura. A comiss�o de educa��o local anunciou o fechamento de todas as escolas e universidades e os alunos retomar�o seus estudos via internet.
Na semana passada, foi detectado um novo foco de coronav�rus em Pequim e j� h� mais de uma centena de casos registrados. “A situa��o epid�mica na capital � extremamente grave”, alertou o porta-voz da prefeitura, Xu Hejian, falando em uma “corrida contra o tempo”. A cidade come�ou a realizar dezenas de milhares de testes, apesar de a doen�a, que surgiu na China em dezembro, ter praticamente desaparecido do pa�s. O ministro da Sa�de anunciou ontem 27 novos infectados em Pequim, elevando para 106 o n�mero total de casos registrados nos �ltimos cinco dias na cidade, onde n�o havia contamina��o h� dois meses.
O novo foco da doen�a surgiu no enorme mercado atacadista de Xinfadi, no Sul da capital. V�rios casos tamb�m foram registrados em outros mercados, agora fechados. A prefeitura ordenou o confinamento de cerca de 30 �reas residenciais. Seus milhares de habitantes n�o podem sair, mas est�o autorizados a receber comida. Embora tenha havido apenas nove mortes pela COVID-19 desde dezembro em Pequim, a OMS disse que acompanha “muito de perto” a situa��o.
Pequim tem capacidade de testar mais de 90 mil pessoas por dia, segundo a ag�ncia de not�cias Xinhua. Autoridades municipais querem testar todos os vendedores de mercados e donos de restaurantes. Zhao Honglei, gerente de uma mercearia, afirmou � AFP que seus 13 funcion�rios tiveram resultados negativos. Seus clientes parecem tranquilos, mas Zhao assinalou que os pedidos on-line se multiplicaram nos �ltimos dias. "As pessoas t�m medo de se encontrar em lojas cheias, onde poderiam se contaminar."
Ontem, com term�metros marcando 36oC na capital, muitos usavam m�scaras em um parque, � espera de serem testados. “Tento n�o sair muito” disse Wu Yaling, aposentada de 57 anos, que mora perto de um dos mercados onde ocorreu o surto. A prefeitura decidiu ontem fechar os estabelecimentos esportivos e culturais. V�rias cidades chinesas anunciaram a quarentena de viajantes procedentes de Pequim. A prefeitura afirma que desinfectou 276 mercados e 33.000 restaurantes ou lojas de alimentos, al�m de ter fechado 11 mercados.